
A economia brasileira vive uma situação de pleno emprego, segundo o economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) Fernando Barbosa Filho. A informação contraria a interpretação do IBGE, que não reconhece o pleno emprego, apesar das baixas taxas registradas na Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Para comprovar a sua tese, o economista da FGV argumenta que os salários estão crescendo acima da produtividade. "Isso vai gerar problema para as empresas. O mercado só pode responder jogando gasolina na inflação. A tendência é que a pressão nos preços de serviços devido ao mercado de trabalho apertado continue. A indústria não deve ter refresco do mercado de trabalho neste ano", avaliou. Em janeiro, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), tradicionalmente, é mais alto do que no mês anterior, observou Barbosa. No mês passado, o índice, que corresponde à variação das taxas de desemprego entre dois meses, avançou 2,7%. Em dezembro, a taxa foi de -2,4%. A elevação do porcentual indica mais desemprego. Apesar deste dado relativo ao mês anterior, o economista ressalta que não foi observada nenhuma tendência de mudança no mercado de trabalho, que deve permanecer em expansão.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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