quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Gasolina pode ficar de R$ 0,15 a R$ 0,21 mais cara
Para sustentar a família, Francisco Wilson de Oliveira faz fretes na moto e automóvel particulares. Ambos são movidos à gasolina. Um aumento no preço desse combustível o obrigaria a repassar a majoração para os clientes. O problema é que, assim como esse exemplo, há muitos outros no Estado que explicam porque o impacto da elevação do custo desse produto seria tão intenso na economia local.O reflexo na inflação vai depender também do tamanho dessa elevação. A reportagem fez o cálculo caso o reajuste de 7%, de acordo com o jornal Estado de são Paulo, seja realmente confirmado na próxima semana e repassado integralmente para o consumidor final.Com base no mais recente levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o cearense pagaria entre R$ 0,15 e R$ 0,21 a mais do que desembolsa hoje por um litro de gasolina. No caso do óleo diesel, com previsão de alta entre 4% e 5%, essa majoração seria de pouco mais de R$ 0,10. Conforme a pesquisa da ANP, o preço mínimo do litro da gasolina encontrado, no Ceará, na semana compreendida entre os dias 6 e 12 de janeiro foi de R$ 2,55. Esse valor passaria a R$ 2,72 com o reajuste de 7%.
Mais simulações
No outro extremo, o valor máximo, que estava a R$ 3,00 pularia para R$ 3,21; enquanto eu o preço médio de R$ 2,72 em igual semana saltaria para R$ 2,91.No simulacro realizado para o óleo diesel, o cenário seria de avanço entre R$ 0,09 e R$ 0,11 no preço médio do litro comercializado no Ceará. Atualmente, segundo dados coletados pela ANP, na semana mais recente deste mês de janeiro, o valor médio do combustível é de R$ 2,193.
Preocupação
"Essa alta de quase R$ 0,20 no litro se ocorrer de verdade vai me prejudicar bastante. O jeito é ter que repassar tudo para o cliente. O que já tá tuim vai ficar ainda pior", lamenta Wilson.O assessor de Economia do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Ceará (Sindipostos-CE), Antônio José Costa, confirma esse patamar de aumento, contudo, diz que é impossível afirmar se os 7% serão realmente anunciados e, nesse caso, se serão repassados de forma integral. "É impossível a gente confirmar isso. O mercado é livre. Cada postos estabelece o preço que quer. Ainda existe a variável das distribuidoras", observa Antônio José Costa.Pelo menos para o empresário Edson Matias, que trabalha com transporte escolar, um reajuste nesse momento não iria impactar de forma mais contundente. Segundo ele, o veículo de trabalho é movido a Gás Natural Veicular (GNV). "Sempre é ruim aumento de preço, mas, no meu caso, não sentiria muito", diz.O Sindipostos-CE, porém, descarta que houvesse uma nova correria pelo GNV. "Não acredito em migração nem para o etanol, imagine o gás natural, que necessita de alteração no carro. A população ainda deve continuar com a gasolina. Quem põe R$ 50 vai continuar colocando os mesmos R$ 50, mas rodando menos".
Ainda compensaria
Conforme os cálculos do jornal, mesmo se o aumento e os novos valores para a gasolina fossem confirmados, ainda não valeria a pena encher o tanque com etanol. Para que o álcool compense mais do que a gasolina comum é preciso que o valor do biocombustível seja inferior a 70% do preço da concorrente no caso dos veículos flex. Levando em consideração o valor médio da semana mais recente pesquisada pela ANP no Ceará, a proporção, atualmente, é de 80%. Após a suposta majoração cairia apenas para 75%.
Reflexo na inflaçãoPara a economista Eloísa Bezerra, esse aumento viria em péssima hora para o Ceará, que tenta superar uma forte estiagem, principalmente porque a inflação de determinados produtos subiu no ano passado em virtude do transporte de itens por longas distâncias, que demandam mais custos com combustíveis."Seria um momento inoportuno. Mesmo com a redução da energia anunciada, uma elevação na gasolina e no diesel mexeria com o preço de vários produtos e, com certeza, traria um impacto no IPCA de janeiro e de fevereiro", antecipa.
Impacto na inflação de até 0,28 ponto O reajuste de 7% no preço da gasolina nas refinarias poderá ter impacto direto entre 0,13 ponto e 0,28 ponto porcentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), segundo cálculos feitos por economistas. Os preços da gasolina têm participação de 3,9% no IPCA.Ontem, o ministro interino do Ministério da Fazenda, Arno Augustin, disse que desconhece qualquer decisão sobre aumento do preço da gasolina.Caso o governo, para amenizar o efeito do reajuste sobre os preços, eleve nos próximos meses o porcentual da mistura do etanol sobre a gasolina de 20% para 25%, esse impacto tende a ser menor. Esse aumento da mistura não seria adotado de imediato, mas sim depois, provavelmente quando as prefeituras das principais capitais do País elevarem suas tarifas de ônibus, o que deve pressionar bastante a inflação. O economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, calculou um impacto de 0,18 ponto porcentual sobre o IPCA, sem nenhuma alteração tributária. "Se a mistura de álcool na gasolina passar de 20% para 25%, deve mitigar cerca de 4 pontos-base", disse, acrescentando que provavelmente esse efeito cairia para 0,14 ponto porcentual.
Comportamento
"Depende do comportamento do preço do álcool. Mantidas as condições de mercado, seria isso. Agora, se o preço do etanol subir, reduz esse efeito e o impacto do reajuste seria maior. Caso o preço do álcool caia, poderia até ajudar mais. Então, estamos sempre falando no curto prazo, sem considerar grandes alterações nas condições de mercado", ponderou.
O economista trabalhava com um cenário em que o governo "dividiria o aumento necessário em duas tranches". "Essa primeira seria por volta de 7%. Tudo para evitar muito impacto no IPCA no começo do ano, já que o nível da inflação esta muito elevado", disse. "Se o reajuste for confirmado na semana que vem, boa parte do impacto acontece em fevereiro, quando a inflação deverá desacelerar por conta da redução dos preços da energia elétrica", comentou.
Queda na energia será superadaAs principais revisões de preços previstas para os primeiros meses deste ano - da gasolina, dos ônibus urbanos de algumas cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza e da energia elétrica - devem resultar em alta da inflação. Apesar da tentativa do governo de conter o custo de vida da família brasileira, o saldo entre as três pressões acaba sendo positivo, com os reajustes da gasolina e do transporte superando os reflexos da queda da tarifa de energia.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de
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Sucessor: D. Pedro II
Ordem: 28.º Rei de Portugal
Início do Reinado: 10 de Março de 1826
Término do Reinado: 2 de Maio de 1826
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Sucessor: D. Miguel I
Pai: D. João VI
Mãe: D. Carlota Joaquina
Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798
Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal
Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834
Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,
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Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),
Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)
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