
Pesquisa da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) mostrou queda nas taxas médias de juros cobradas no cheque especial e no empréstimo pessoal em 2012. A taxa média do cheque especial, no ano passado, foi 8,59% ao mês, redução de 0,86 ponto percentual em relação à taxa de 2011, que era 9,45% ao mês. O juro médio do empréstimo pessoal foi 5,54% ao mês, diminuição de 0,12 ponto percentual em comparação ao de 2011 (5,66% ao mês). O levantamento divulgado ontem apurou as taxas de sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.O banco com a maior taxa média anual de cheque especial foi o Safra, com 9,97% ao mês. A menor taxa foi praticada pela Caixa Econômica Federal, de 5,6% ao mês, uma variação de 78,04%. A instituição que apresentou a maior taxa média anual de empréstimo pessoal foi o Banco Itaú, com 6,66% ao mês. A menor taxa média foi também da Caixa (4,35% ao mês), uma variação de 53,10%.
"Apesar dos instrumentos econômicos utilizados pelo governo para estimular a economia, os resultados obtidos ao longo do ano não foram animadores. A expectativa de crescimento econômico foi caindo gradativamente. No terceiro trimestre, o PIB [Produto Interno Bruto] cresceu apenas 0,6%, muito abaixo do esperado pelo governo e analistas de mercado. O desempenho da economia neste ano será pior do que no ano passado", diz nota do Procon.
O Procon recomendou durante, o ano passado, ao consumidor planejar o orçamento e recorrer ao crédito somente em casos de real necessidade para evitar inadimplência. Para este ano, a orientação é ter cautela.
INFLAÇÃO
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), iniciou o ano em alta de 0,77% ante a taxa de 0,66% registrada no fechamento de dezembro. Sete dos oito grupos pesquisados apresentaram aumentos de preços, entre eles o de alimentação (de 1,26% para 1,57%), com destaque para hortaliças e legumes (de 2,91% para 5,35%).
No grupo despesas diversas, o IPC-S passou de 1,60% para 2,20%, com influência, principalmente, dos cigarros, cujos preços voltaram a subir (de 3,85% para 5,09%). Em educação, leitura e recreação, grupo que sempre ajuda a pressionar a inflação nesta época do ano, houve alta de 1,26% ante 0,64%, puxada pelos cursos formais que, na apuração anterior, tinham ficado estáveis e, neste levantamento, tiveram elevação de 1,81%.
Em saúde e cuidados pessoais, a taxa atingiu 0,58% ante 0,50%, com alta nas consultas médicas (de 0,27% para 0,65%). No grupo vestuário, o índice subiu de 0,60% para 0,64% e entre os itens que mais contribuíram para o aumento estão os calçados masculinos (de 0,77% para 1,18%).
Em transportes, ocorreu ligeira alta (de 0,33% para 0,34%), sob o efeito da recuperação de preço dos automóveis (de -0,17% para -0,10%). Nas despesas com comunicação, a taxa passou de 0,03% para 0,04. Entre os destaques do grupo estão a mensalidade para internet (de -0,05% para 0,49%).
O único grupo com decréscimo foi habitação (de 0,42% para 0,26%), com a redução de intensidade de alta da tarifa de energia elétrica residencial (de 0,87% para 0,12%).
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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