
Chega até R$ 4.445,00 o valor que o brasileiro está disposto a gastar com a reforma da sua casa, de acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Data Popular sob encomenda do Clube da Reforma e que investigou todas as regiões do País. Especificamente no Nordeste, a pesquisa aponta que 52% da população manifestou a necessidade de reformar a residência (seja casa ou apartamento) de alguma maneira.A realização desse desejo, no entanto, não está caracterizado como urgência. Apenas 27% dos nordestinos pretende passar o Revéillon de 2014 com as obras de reforma concluídas.
Sentimento de renovação"Quando o consumidor tem um dinheiro sobrando, prefere comprar um celular novo, uma televisão de última geração ou um eletrodoméstico, que também traz esse sentimento de renovação da casa", analisa Carina Saito, gerente de autoconstrução da Associação Brasileira de Cimento Portland e responsável pelo Clube da Reforma
Apesar da ressalva da especialista, em 2011, atingiu 12 milhões o número de moradias reformadas no Brasil. E o principal motivo é o de resolver problemas (35%).O interesse de valorizar o imóvel foi expressado por 21%. Mesmo percentual dos que pretenderam melhorar a estética do lar. Aperfeiçoar o usos do espaço interno (17%) foi o último motivo.
Principais demandas
O setor, que movimenta parte dos 35% do Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil do Brasil, tem na pintura das residências o principal reparo desejado pelos consumidores ouvidos pelo Data Popular. Ao todo, esta opção foi a mais observada na pesquisa e chegou a 62% dos 988 casos ouvidos. Em segundo, esteve a troca ou o assentamento do piso/azulejo (27%) , empatado com a feitura de acabamento na parede (27% também).
CômodosJá entre os cômodos, o quarto é a parte da residência mais visada. Chega a 46% dos pesquisados, enquanto o segundo é dividido entre o banheiro, a cozinha e a sala, todos com 35%.
As paredes, interna (22%) e externas (32%), também fizeram parte da preocupação dos nordestinos, assim como o quintal (13%) e telhado (12%). O custo financeiro de cada tipo de reforma não foi levantado pela pesquisa segundo Carina Saito.
Mão de obra é gargalo
A especialista do Clube da Reforma observou ainda a falta de mão de obra qualificada para realizar os trabalhos de reforma. "As pessoas pedem qualidade no serviço e isso é algo difícil de encontrar em todas as regiões", afirmou com base na pesquisa.
O diagnosticado é algo que o cearense já sentia nos últimos anos, principalmente com o encarecimento da mão da obra, o que tende a ser amenizado com o investimento e o crescimento da indústria da construção do Estado, com o treinamento de pessoal e ampliação das obras.
A partir dos dados coletados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), o Data Popular ainda constatou que o Nordeste possui o segundo maior percentual de pessoas com domicílios próprios já pagos do País. São 77% contra 80% do Norte, enquanto o Sul apresenta 70%, seguido por Sudeste (86%) e Centro-Oeste (62%). A pesquisa ainda aponta que o nordestino é o que mais tempo vive em uma casa. O tempo médio apontado pela pesquisa chega a 16,1 anos.
Outras informações trabalhadas pelo instituto apresenta os nove estados nordestinos novamente na segunda colocação no que diz respeito às pessoas que moram em casas. São 95% ao todo contra 5% que vivem em apartamentos. Entre as regiões, o Norte continuou com maior fatia da população em casas (96%) e os demais enfileiraram-se assim: Centro-Oeste (92%), Sul (90%) e Sudeste (87%).
Gastos4,5 mil reais é o valor que o brasileiro está disposto a gastar com a reforma de sua casa, conforme levantamento do Data Popular.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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