O ano de 2012 não foi bom para os agricultores e criadores de gado do Rio Grande do Norte. Após uma das mais severas secas dos últimos anos, o Estado viu a produção de grãos cair, o rebanho bovino ser dizimado em algumas localidades e a oferta de água nas comunidades rurais passar a ser racionada. Um dos dados disponíveis demonstra o impacto que a estiagem trouxe para o RN: o número de cadastrados para obter o milho subsidiado pelo Governo Federal cresceu mais de quatro vezes do ano passado para 2012, segundo dados da Conab/RN. Eram 3,5 mil em dezembro de 2011. Hoje são 14,3 mil cadastradosApós o agravamento do problema, o poder público, incluindo o Governo Federal, estados e municípios, anunciaram uma série de medidas para ajudar a população a conviver com a estiagem. Distribuição de alimento para o rebanho, oferta de água para as comunidades rurais, construção de barragens subterrâneas e poços tubulares, entre outras iniciativas. Esses foram os principais projetos anunciados. Contudo, de acordo com o que relatam produtores do interior do Estado, a ajuda ainda não foi efetiva.
Vários municípios forão visitados do RN em maio deste ano, quando os efeitos da seca começavam a se agravar. A série de matérias "Pelos caminhos da seca" mostrou o sofrimento do interior do Estado quando contava-se dois meses de estiagem. Sete meses depois, a reportagem voltou a visitar os mesmos personagens. Em todos os casos, não houve avanços significativos.No interior do RN, rebanho não resiste e morre de sede e fomeO cotidiano de Francisco das Chagas dos Santos mudou nos últimos meses. O seu trabalho, como criador de gado e um dos líderes do Assentamento Seridó, localizado em São José do Seridó, tem uma rotina: preparar o alimento do gado, tirar o leite dos animais e se inteirar acerca da produção de seus colegas, os 63 assentados da comunidade. Não fosse a seca, os dias do Assentamento Seridó passariam sem "novidades". No entanto, a pior estiagem dos últimos anos vivenciada no Estado trouxe uma série de modificações na vida dos criadores de gado da região.
Poder público tenta amenizar efeitos
Além das ações de convivência imediata com a seca, o poder público deu início esse ano a uma série de ações de longo prazo, principalmente a partir do Governo Federal. As ações são executadas pelo Governo do Estado.
A primeira delas é a construção de barragens subterrâneas. Como se sabe, essas barragens conseguem armazenar água no subsolo. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos aponta a construção de 620 até este momento, sem contar em mais 800 que podem ser construídas no próximo ano.
Outra tentativa de diminuir os problemas a longo prazo é a perfuração de poços tubulares, com 120 planejados nos próximos meses.
Todas essas ações não têm repercussão imediata no cotidiano dos produtores. Será preciso chegar o próximo período chuvoso para que as barragens, por exemplo, consigam armazenar a água necessária.Idiarn calcula perda do rebanho no EstadoO Governo do Estado ainda não tem dados concretos acerca da influência da seca no rebanho potiguar. O Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn) realiza atualmente um levantamento que só deve ser finalizado em janeiro de 2013. No entanto, os dados disponibilizados pelas prefeituras no interior apontam para uma diminuição significativa. Somente em três municípios (Lajes, São Tomé e São José do Seridó) quase 600 animais foram dizimados por conta da estiagem.Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Vários municípios forão visitados do RN em maio deste ano, quando os efeitos da seca começavam a se agravar. A série de matérias "Pelos caminhos da seca" mostrou o sofrimento do interior do Estado quando contava-se dois meses de estiagem. Sete meses depois, a reportagem voltou a visitar os mesmos personagens. Em todos os casos, não houve avanços significativos.No interior do RN, rebanho não resiste e morre de sede e fomeO cotidiano de Francisco das Chagas dos Santos mudou nos últimos meses. O seu trabalho, como criador de gado e um dos líderes do Assentamento Seridó, localizado em São José do Seridó, tem uma rotina: preparar o alimento do gado, tirar o leite dos animais e se inteirar acerca da produção de seus colegas, os 63 assentados da comunidade. Não fosse a seca, os dias do Assentamento Seridó passariam sem "novidades". No entanto, a pior estiagem dos últimos anos vivenciada no Estado trouxe uma série de modificações na vida dos criadores de gado da região.
Poder público tenta amenizar efeitos
Além das ações de convivência imediata com a seca, o poder público deu início esse ano a uma série de ações de longo prazo, principalmente a partir do Governo Federal. As ações são executadas pelo Governo do Estado.
A primeira delas é a construção de barragens subterrâneas. Como se sabe, essas barragens conseguem armazenar água no subsolo. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos aponta a construção de 620 até este momento, sem contar em mais 800 que podem ser construídas no próximo ano.
Outra tentativa de diminuir os problemas a longo prazo é a perfuração de poços tubulares, com 120 planejados nos próximos meses.
Todas essas ações não têm repercussão imediata no cotidiano dos produtores. Será preciso chegar o próximo período chuvoso para que as barragens, por exemplo, consigam armazenar a água necessária.Idiarn calcula perda do rebanho no EstadoO Governo do Estado ainda não tem dados concretos acerca da influência da seca no rebanho potiguar. O Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn) realiza atualmente um levantamento que só deve ser finalizado em janeiro de 2013. No entanto, os dados disponibilizados pelas prefeituras no interior apontam para uma diminuição significativa. Somente em três municípios (Lajes, São Tomé e São José do Seridó) quase 600 animais foram dizimados por conta da estiagem.Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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