terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Desenvolvimento municipal avança menos no RN


A falta de políticas de desenvolvimento e a redução do investimento público em áreas consideradas prioritárias têm limitado o crescimento do Rio Grande do Norte. A opinião de  especialistas  é respaldada por indicadores como o crescimento do Produto Interno Bruto do estado (PIB), um termômetro do ritmo da economia, e por um   levantamento recém divulgado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Sistema Firjan). No caso do PIB, o estado atingiu um crescimento real de 5,1%, em 2010, ficando abaixo da média do Brasil (7,5%) e  do Nordeste, de 7,2%. O índice detalhado ontem pela Firjan, que engloba as áreas de educação, saúde, emprego e renda, também mostra que o estado cresce menos e que, junto com a Paraíba, foi o que menos avançou no Nordeste entre os anos 2000 e 2010.
O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal mostra que os vizinhos estão avançando numa velocidade bem maior. Enquanto estados como Piauí e Ceará avançaram seis posições entre 2000 e 2010 no ranking nacional, o Rio Grande do Norte avançou uma posição no mesmo período. A categoria de Emprego e Renda, segundo Jonathas Goulart, especialista em Estudos Econômicos do Sistema Firjan, foi a que mais pesou contra o estado.  "Esta foi a área que menos cresceu no Rio Grande do Norte. É preciso estruturar o mercado de trabalho para melhorar o índice nesta área", afirma Jonathas. 
Para acelerar o crescimento da economia do estado como um todo, ele recomenda a implementação de políticas públicas que estimulem o investimento privado. "Para a iniciativa privada querer investir no estado é preciso criar um ambiente de negócios favorável e isso é feito concedendo incentivos fiscais, capacitando mão de obra, e investindo em infraestrutura. Todo investimento público que busque atrair investimentos privados para o estado estimulará o desenvolvimento do estado". Para o economista Aldemir Freire, chefe do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no RN, o problema é justamente esse. "O baixo nível de investimento do Estado e dos Municípios e as ausências de investimentos federais significativos tem atrapalhado o crescimento do estado", afirma.
Um levantamento realizado com base nos dados publicados no Diário Oficial do Estado mostra que enquanto a arrecadação do RN subiu 243,4% entre 2000 e 2010, o percentual investido pelo Estado em áreas consideradas prioritárias como Saúde, Educação e Infraestrutura passou de 11,16% para 7,41%.
O secretário-adjunto de planejamento do RN, José Lacerda, reconhece que "o nível de investimento público está aquém do desejado", e alega dificuldades para investir mais. "Temos dificuldade até para pagar a folha de pessoal. Dependemos de empréstimos para investir", justifica.
Para William Pereira,  economista, doutor em Ciências Sociais, coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Espaço, Trabalho, Inovação e Sustentabilidade, e professor do departamento de Economia e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),  falta planejamento. "Brasília tem recursos. A questão é que Estado e Municípios não enviam projetos. Falta pessoal qualificado para elaborá-los", critica. Segundo o especialista, estados que conseguem planejar avançam com mais facilidade. "É isso que o índice da Firjan mostra". Desenvolver um estado, porém, não é uma tarefa fácil, pondera Aldemir Freire. "Não basta ter vontade. É preciso  tornar o estado mais competitivo", completa Jonathas Goulart, do Sistema Firjan.

Nordeste é a região que mais cresce
Criado pelo Sistema Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) para acompanhar a evolução socioeconômica dos 5.565 municípios brasileiros, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) revelou, em sua quinta edição, que o Nordeste foi a região que mais evoluiu em dez anos: 97,8% (1.748 municípios) das cidades apresentaram crescimento do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). De uma maneira geral, os resultados revelam a expressiva transformação socioeconômica pela qual passou o Brasil na última década. Dos 5.565 municípios brasileiros, 2.055 (36,9%) ascenderam à condição de desenvolvimento moderado a alto em dez anos.
As análises regionais, no entanto, confirmam que as desigualdades regionais persistem. As regiões Sul e Sudeste concentram os 500 municípios com maiores IFDMs, com 91,2% de participação em 2010, enquanto Norte e Nordeste, apesar do avanço expressivo, concentram a maioria (96,4%) dos 500 municípios com menores desempenhos. Na última década a região Sul se consolidou como a mais desenvolvida do Brasil. Praticamente todos os municípios da região (96,6%, 1.119 cidades) evoluíram no período. Em 2010, 97,2% dos municípios (1.126) foram classificados com desenvolvimento de moderado a alto, enquanto esse percentual era de 55,1% (638 municípios) em 2000.
Investindo pouco, o Rio Grande do Norte não tem acompanhado o ritmo do Nordeste. Dados divulgados no último dia 30 no Diário Oficial do Estado mostram que o Estado arrecadou R$ 6,85 bilhões entre janeiro e outubro deste ano - 11,8% a mais do que arrecadou no mesmo período do ano passado, mas investiu R$ 184,3 milhões (2,68% do total).

Estado fica para trás em termos de competitividade
Embora tenha avançado duas posições em estudo realizado anualmente pelo grupo inglês Economist Intelligence Unit (EIU) e patrocinado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) - o Ranking da Competitividade dos Estados (2012) - o Rio Grande do Norte ainda é considerado um dos estados menos competitivos do país. Divulgados no último dia 29, os dados mostram que o estado é o terceiro menos competitivo do Nordeste e que, de forma global, ocupa uma das piores posições no ranking nacional, com uma taxa de competitividade de 29,7 - numa escala que vai de 0 a 100.
O estudo mostra, entre outras coisas, que o principal gargalo do RN é a inovação. Das oito categorias avaliadas, foi nesta em que foi registrado o menor índice: 15,0. Esse foi o segundo resultado mais baixo do Nordeste. A melhor nota do Rio Grande do Norte curiosamente foi alcançada na área de políticas públicas para investimentos estrangeiros, área em que o índice chegou a 41,7 - o mesmo registrado nos estados da Paraíba, Maranhão, Alagoas e Sergipe. Ainda assim ficou bem abaixo da média nacional (58,8) e da média alcançada por vizinhos como Pernambuco, onde o índice chegou a 70,8.
Para promover o desenvolvimento do estado e torná-lo mais competitivo, o governo do estado criou no início deste ano um grupo de trabalho responsável por criar políticas públicas específicas para a área, segundo José Lacerda, secretário-adjunto de Planejamento do RN.  Segundo ele, a criação do grupo revela que o Estado está preocupado com os indicadores  do RN.

Postado Por:Daniel Filho de Jesus

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Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



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Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,



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Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)



Dinastia: Bragança