
O apagão que deixou as Regiões Norte e Nordeste às escuras na madrugada da sexta-feira (26) foi causado por um erro humano seguido por uma falha de procedimento da empresa que administra a linha de transmissão entre Colinas (TO) e Imperatriz (MA).
Relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), divulgado ontem, apontou que uma chave de proteção da subestação de energia em Tocantins não foi religada após manutenção realizada uma semana antes. Esse problema não foi identificado pela companhia antes do incidente. A interrupção no fornecimento de energia foi a terceira ocorrência de grandes proporções em pouco mais de um mês no País e a quarta queda de eletricidade ocasionada por problemas na proteção das linhas de transmissão.
Erro da Taesa
"A falha não foi identificada porque testes operacionais não foram feitos. Como a proteção não funcionou, o desligamento foi propagado", disse o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, ao comentar o erro cometido pela Taesa, empresa responsável pela subestação onde o equipamento de proteção estava desligado.
O ONS também identificou falhas no religamento da energia. A luz só voltou nas cidades depois de mais de quatro horas de escuridão. "O tempo de recomposição foi muito demorado, estamos investigando. Houve falhas nos três caminhos principais de religamento da energia, como bloqueios de disjuntores, tensões elevadas", completou.
Alternativas em estudo
De acordo com o diretor, os órgãos já iniciaram estudos para a definição de caminhos alternativos de religamento da eletricidade e a superação desses bloqueios. Chipp explicou que o apagão da última semana não teve a mesma causa dos anteriores. Ele citou que o primeiro incidente no Nordeste, há cerca de 40 dias, foi provocado por uma falha de projeto, que deixou um trecho da linha de transmissão sem proteção. Já no segundo, no Sul do País, houve falha no equipamento. A terceira ocorrência, que atingiu apenas Brasília, teria sido provocada por uma sobrecarga na rede. O diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, afirmou que o órgão regulador pode rever os regulamentos para testes de equipamentos e procedimentos de emergência.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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