
O candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, cobrou que "sejam bem investigados" os indícios de fraude observados por auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) em uma licitação aberta quando o Ministério da Educação (MEC) era comandado por seu adversário, Fernando Haddad (PT).
Reportagem da Folha de S. Paulo de ontem mostrou que auditores do órgão viram indícios de que houve uso de documentos falsos, pagamentos irregulares, superfaturamento e conluio entre empresas participantes de uma licitação para reforçar a área de informática e aumentar a segurança do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
"O que aconteceu com o Enem na gestão do Haddad foi uma das maiores calamidades na história da educação no Brasil. Ele não conseguiu fazer o Enem durante três anos. Foi falta de capacidade e de competência. Agora, além disso, tomamos conhecimento que houve fraude. Essa coisa tem que ser bem investigada", afirmou.
A assessoria de Haddad esclareceu, em nota, que o então ministro da Educação foi informado à época que foi autorizada a suspensão dos pagamentos e do contrato após denúncia de apresentação de documentos falsos.
"Até sua saída da pasta, Haddad tinha informação de que a investigação ainda estava em andamento", diz. A campanha do petista diz que não há "pronunciamento conclusivo" do TCU.
Fernando Haddad rebateu as denúncias: "O José Serra está "fora de si e mobilizou as trevas" para me atacar neste segundo turno". O petista deu as declarações após o tucano voltar a associá-lo ao ex-ministro José Dirceu, condenado por corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "Ele está fora de si. Ele está mobilizando e vai mobilizar as trevas, como fez em 2010. Tudo o que ele podia fazer para ofender a presidente Dilma, ele fez. É uma pessoa que está completamente fora de tom. O Serra não tem jeito, é incorrigível. Na minha opinião, não tem como corrigir o Serra. Ele vai ser assim para sempre".
Reprovação
O petista voltou a comparar as críticas de Serra na campanha paulistana à corrida presidencial de 2010, quando o tucano foi derrotado no segundo turno por Dilma Rousseff. "A presidente Dilma já tinha me alertado que isso aconteceria. Ela foi vítima disso em 2010. O Fernando Henrique Cardoso e o Aécio Neves reprovaram o comportamento dele na ocasião", concluiu.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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