segunda-feira, 22 de outubro de 2012
A labirintite está atingindo mais os jovens
Se você acordou e sentiu a cama, o quarto e o mundo girarem, o seu problema pode ser labirintite - forma popular de denominar um conjunto de doenças que acometem o labirinto; órgão localizado no ouvido, responsável por conectar o cérebro a informações sobre audição e equilíbrio. Os principais sintomas são tonturas e vertigem, podendo ocorrer também náuseas, zumbido, desequilíbrio, perda ou diminuição da audição, infecções e inflamações. Antes relacionadas a pessoas a partir da faixa dos 65 anos, as labirintopatias atingem cada vez mais os jovens. Na verdade, ninguém está a salvo.
A causa do avanço da labirintite entre os mais jovens é atribuída aos dias agitados da tal vida moderna que levamos dia após dia nas grandes cidades, estresse e agitação, aliados a uma dieta incorreta, entre outros.
O labirinto é muito sensível e pode ser afetado por mudanças no metabolismo, taxas alteradas de colesterol, glicemia e triglicerídeos. Mas não só isso: hipertensão, diabetes, traumatismos, problemas da coluna cervical, doenças próprias do ouvido como otites, uso de antibióticos e antiinflamatórios, alterações da tireóide, aterosclerose, sedentarismo e hábitos de vida pouco saudáveis, como beber álcool, usar drogas, fumar ou beber bastante café.
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) comprovou em pesquisa ser a vertigem - principal sintoma da labirintite - a sétima queixa entre as mulheres e a quarta entre homens. O problema atinge 33% das pessoas em algum momento da vida, e 65% daquelas acima dos 65 anos de idade.
O diagnóstico da labirintite se dá por uma investigação feita no paciente pelo profissional otorrinolaringologista, que procura saber hábitos de vida, histórico familiar e clínico, medicamento por ventura administrados, entre outros detalhes, além de alguns testes corporais e exames específicos.
As labirintopatias mais frequentes são a Neuronite Vestibular, Vertigem Postural Paraxística Benigna (VPPB), labirintite de origem metabólica, vascular ou cardíaca, medicamentosa, e a Síndrome ou Doença de Ménière.
As doenças labirínticas também estão muito relacionadas com alimentação. De acordo com o otorrinolaringologista Pedro Guilherme, os alimentos estimuladores do organismo deixam o labirinto ainda mais suscetível, fazendo com que ele possa entrar em distúrbio mais facilmente. "Como é o caso, por exemplo, de todos os alimentos baseados em cafeína. Nós também temos uma série de alimentos que são ricos em sódio e em potássio, que afetam um tipo específico de labirintite, que é a doença de Ménière."
Depois de diagnosticado o problema, o tratamento é feito de acordo com o tipo de labirintopatia detectada. Algumas se dissipam apenas com fisioterapia e exercícios específicos. Em outros casos, é preciso tomar medicamentos de controle e seguir uma dieta livre de café, chocolate, refrigerante (principalmente coca-cola), e até mesmo banana e água-de-coco.
A primeira crise de labirintite da pintora e artesã Gerlane Andrade, hoje com 43 anos, aconteceu em 2007, seguida de uma outra de enxaqueca. Ela atribuiu os problemas à vida agitada que vinha levando naquele ano. Após uma consulta médica e vários exames realizados, foi confirmado o diagnóstico de problemas no labirinto, e prescritos medicamentos e uma uma dieta rigorosa.
Deveriam ficar de fora de sua dieta chocolate, café, guaraná em pó. "Tudo o que eu mais gosto. Tomo guaraná em pó todos os dias porque trabalho com artes e à noite é muito bom para produzir", comenta Gerlane, comentando ter aprendido a não comer outros alimentos,por serem crise na certa; entre eles: melancia ("Principalmente se for à noite"), comidas gordurosas, refrigerantes ("Sobretudo coca-cola"), mate com limão. "Tudo que acelera o metabolismo, eu tenho que aprender a dosar."
A pintora comenta ser todos os portadores de labirintite obrigados a conviver com os efeitos da doença, principalmente se estiver em meio a uma crise. "Principalmente quem dirige, pois pode ser fatal. Uma amiga minha teve em pleno sinal de trânsito, sem conseguir se mexer. Pensaram até que ela estava drogada! E tudo começou por causa de uma hipoglicemia, pois passou muito tempo sem se alimentar."
Ela própria diz ter passado por uma situação de risco ao ter uma tontura muito forte certa vez ao descer de um ônibus. "Fui atravessar a rua e achei que uma moto estava bem distante e quase fui atropelada."
A última crise de Gerlane foi há cerca de um mês. Acontece quase sempre no período pré-menstrual ou em dias muito estressantes. Ela diz não tomar nenhum medicamento específico para combater a labirintite, e sim cafiaspirina, uma versão mais forte da aspirina tradicional. Preferiu seguir um tratamento mais sério para não acrescentar novos medicamentos aos que já toma. "Prefiro regular a alimentação. Quanto mais saudável, melhor!"
O advogado Jordan Santiago, 33 anos, vem sentindo alguns sintomas típicos das labirintopatias. Reclama de um zumbido constante acompanhado de uma relativa perda na audição, durante todo o dia. Ainda sente tontura quando acorda ou movimenta a cabeça de forma brusca.
Ele diz não ter ficado totalmente satisfeito com o médico que o consultou. "O diagnóstico foi de inflamação no ouvido. Mas foi uma consulta extremante rápida; deu só uma olhada e passou remédios. Tomei, deu uma aliviada mas não passou", comenta o advogado, que agora vai em busca de outro médico em busca de um melhor atendimento.
Bate Papo:Pedro Guilherme - otorrinolaringologista
A labirintite está realmente atingindo mais os jovens?
Nós estamos cada vez mais numa época em que você tem uma vida mais agitada, um estresse maior, a alimentação não é feita de forma correta; então você tem um aumento das doenças sanguíneas; diabetes, colesterol; você tem o uso exagerado de substâncias como café, estimuladores para se manter na ativa; isso tudo deixa o labirinto sensível para os problemas da labirintite. Então, devido ao nosso estilo de vida cada vez mais agitado, realmente as pessoas mais novas são cada vez mais acometidas. Tenho recebido muitos jovens assim no consultório. Principalmente aqueles mais perfeccionistas e que se estressam com facilidade, geralmente, são os mais acometidos. E cada vez mais jovens estão chegando (ao consultório), pessoas abaixo de 40 anos, de 30 e até de 20 e poucos anos estão tendo esse problema estão tendo que fazer tratamento.
- O fato de eles ouvirem frequentemente música em alto volume com fones de ouvido pode estar relacionado com o avanço da doença nessa faixa etária?
O labirinto é constituído por uma parte que controla a tontura (o equilíbrio) e outra que controla a audição. E isso está muito mais relacionado com a perda auditiva propriamente dita, que muitas vezes pode estar relacionada com labirintite. Mas de uma forma geral, está sim ligado ao mesmo problema.
- Qual a relação entre labirintite e alimentação?
O labirinto está diretamente relacionado com a alimentação. Nós temos alguns alimentos, principalmente os que são estimuladores do nosso corpo, que também facilitam a estimulação do labirinto, fazendo com que ele possa entrar em distúrbio mais facilmente, como é o caso, por exemplo, de todos os alimentos baseados em cafeína. Nós também temos uma série de alimentos que são ricos em sódio e em potássio que afetam um tipo específico de labirintite, que é a doença de Ménière. Você pode contrair em comidas com muito sódio, muito sal. E tem também os alimentos relacionados com potássio, que são água-de-coco, banana. Além do que, uma alimentação com muita gordura, com muito açúcar, pode predispor a ter resistência à insulina, uma dislipidemia, uma doença nas taxas do sangue e isso acarrete problemas no labirinto.
- Como se dá o tratamento da labirintite?
A primeira coisa é diagnosticar o problema específico, pois labirintite é o nome de um grupo de doenças. Por exemplo, se for a doença que dá mais na idade, a VPPB, que dá quando se levanta ou mexe a cabeça, muitas vezes só com o tratamento de fisioterapia e com fonoaudiólogo, que consegue fazer alguns movimentos com esse paciente, consegue curar sem precisar de remédio. Outras doenças, como é o caso da Ménière, relacionada com distúrbios da pressão do líquido do ouvido, o mais importante é fazer dietas e realmente tomar medicação de controle, no memento em que está sentindo. Outras são por infecção, como a Neurite Vestibular, que usa alguns tratamentos específicos durante aquele período que ela está tendo o problema.
Por:Daniel Filho de Jesus
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Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de
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Início do Reinado: 10 de Março de 1826
Término do Reinado: 2 de Maio de 1826
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Mãe: D. Carlota Joaquina
Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798
Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal
Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834
Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,
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Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)
Dinastia: Bragança
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