domingo, 8 de julho de 2012

PT tentará contrapor CPI ao julgamento do mensalão


O PT tentará usar a CPI do Cachoeira para se contrapor ao julgamento do mensalão, que tem início no dia 2 de agosto, no Supremo Tribunal Federal (STF). Os integrantes da CPI aprovaram na  úlitma quinta-feira a convocação do empresário Fernando Cavendish, proprietário da Delta Construções; do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot; e de Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, empresa responsável pelas obras rodoviárias no Estado de São Paulo.
Isso não significa, no entanto, que a CPI agora vai deslanchar em seus trabalhos. Os três só irão à CPI depois do recesso parlamentar, que começa no próximo dia 18 e vai até o dia 31 de julho. Com esta pauta de convocados, e liderada pelo PT, a bancada governista na CPI espera conseguir ter uma espécie de reserva técnica de depoentes capaz de fazer um pouco de sombra ao mensalão, quando serão julgados por crime de formação de quadrilha e corrupção antigos dirigentes petistas, como o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares. Além disso, a aprovação da convocação de Paulo Preto é uma carta que o PT poderá lançar mão a qualquer momento para buscar embaralhar as eleições municipais de São Paulo. O único dos convocados da quinta que deverá depor antes do recesso é o prefeito de Palmas, Raul Filho, do PT.
Ligado ao PSDB, Paulo Preto ganhou notoriedade em 2010, durante a campanha presidencial. Ele teria sido o responsável por um desvio de R$ 4 milhões do caixa de campanha do presidenciável tucano José Serra, hoje candidato à prefeitura de São Paulo. Os recursos teriam sido arrecadados junto a empreiteiras, entre elas a Delta. Em entrevista à revista IstoÉ, Pagot afirmou que Paulo Preto teria pressionado também pela liberação de verbas do Dnit para obras do Rodoanel em São Paulo. Parte dos recursos seria usada para abastecer um suposto caixa dois de campanha. A pressão teria ocorrido em 2009.
Para retaliar o PT, os tucanos tentaram aprovar a convocação do deputado petista José de Filippi Júnior, tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff, em 2010, que também teve seu nome mencionado por Pagot. Mas foram derrotados por 17 votos contra e dez a favor. "Há a pretensão da oposição de trazer a presidente Dilma para dentro da CPI", afirmou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). "Temos de convocar o De Filippi pela mesma razão que convocamos o Paulo Preto. Ele arrecadou dinheiro para campanha", defendeu o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG). "É diferente: no caso de Paulo Preto há uma denúncia de que a verba foi para abastecer caixa 2 de campanha e no caso de Fillipi o que sabemos é que há um pedido de arrecadação de campanha no caixa 1", argumentou o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG).

Acordo entre PT e PSDB põe mordaça nos parlamentares
A aprovação da convocação de Cavendish e de Pagot com a unanimidade dos 28 votos dos presentes ocorreu duas semanas depois de os partidos aliados terem barrado o depoimento dos dois. Um acordo entre tucanos e petistas, que permite a dispensa imediata dos depoentes munidos de habeas corpus para permanecer em silêncio, acabou facilitando a aprovação das convocações. O DEM, o PDT e o PPS ficaram de fora do acordo fechado na noite de quarta-feira entre o PT, o PMDB e o PSDB.
Foi pensando no possível depoimento de Paulo Preto que o PSDB votou em peso a favor da manutenção do atual rito de inquisição aos depoentes da CPI. Já parte dos governistas quis proteger depoentes, como Cavendish. Foram 19 votos a sete pela proibição dos parlamentares fazerem perguntas para os depoentes com habeas corpus para ficar em silêncio.
"Fizeram um grande acordo colocando  mordaça nos parlamentares para proteger todos os que foram convocados pela CPI", denunciou o deputado Sílvio Costa (PTB-PE). "Realmente parece que fizeram um acordo para isso", ponderou o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). "Os parlamentares devem ter o direito de questionar as testemunhas", afirmou deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). Ele vai recorrer ao Supremo contra a decisão do rito.

Comissão vai ouvir prefeito de Palmas na terça-feira
 A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados confirmou para a próxima terça-feira,  o depoimento do prefeito de Palmas, Raul de Jesus Lustosa Filho (PT). A imprensa divulgou recentemente um vídeo gravado em 2004 em que o prefeito conversa com o contraventor goiano. Na gravação, eles aparecem negociando recursos em troca de vantagens para a organização criminosa na administração municipal da capital do Tocantins. Em quase uma hora de conversa, Raul Filho expõe possíveis chances que poderiam ser exploradas por Cachoeira nos serviços públicos em troca de dinheiro para a campanha política de 2004.
Das seis convocações aprovadas na reunião da CPI realizada na última quinta-feira, a do prefeito de Palmas é a única já agendada pelo presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Na ocasião, ficou decidido que o colegiado vai ouvir também o ex-presidente da Delta, Fernando Cavendish; o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Luiz Antônio Pagot; o empresário Adir Assad; a ex-mulher de Cachoeira, Andréa Aprígio; e o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, que foi diretor da Dersa, sociedade de economia mista responsável pela manutenção das estradas paulistas.
Na tarde de quinta-feira, o líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), apresentou à comissão de inquérito um requerimento para convocar o ex-presidente da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha das Neves, que havia sido preso pela manhã na operação Trem Pagador. Segundo a Polícia Federal, Juquinha é suspeito de ter enriquecido ilicitamente durante sua gestão à frente da companhia, de 2003 a 2011, e deve responder por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Empresa pública responsável por administrar e construir ferrovias, a Valec, segundo o requerimento apresentado pelo deputado Rubens Bueno, tem contrato de R$ 574 milhões com a Delta, empreiteira acusada de integrar o esquema de Cachoeira. Juquinha foi detido numa casa de luxo no mesmo condomínio onde foi preso Carlos Cachoeira, em Goiânia, em outra operação da PF.
Na manhã de sexta-feira, agentes da Polícia Federal prenderam o ex-cunhado de Cachoeira, Adriano Aprígio, suspeito de ameaçar, por e-mail, a procuradora Léa Batista de Oliveira. Os policiais descobriram que três e-mails com ameaças à representante do Ministério Público foram enviados da casa de Aprígio. Em uma das mensagens, o cunhado de Cachoeira diz que a procuradora tinha "destruído a vida dele".
A segurança de autoridades envolvidas nas operações Vegas e Monte Carlo, que resultaram na prisão do bicheiro, é motivo de preocupação de alguns integrantes da CPI. O senador Pedro Taques (PDT-MT) já havia alertado para o problema.
"Nós estamos aqui a tratar de uma organização criminosa da qual fazem parte policiais federais, policiais militares, policiais civis, parlamentares, quem sabe governadores, grandes empresários da República, e nós temos dois servidores do Estado ameaçados. Nós não podemos ficar em silêncio. Tenho absoluta certeza de que o Judiciário e o Ministério Público não vão se quedar diante de acontecimentos como esse", disse Taques em recente discurso no Plenário do Senado.
Em 18 de junho, o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima comunicou ter sofrido ameaças e pediu para se afastar do cargo. O magistrado foi convidado para prestar informações à CPI mista.

Postado Por:Daniel Filho de Jesus

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Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



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Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



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D. Amélia de Leutchenberg



Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),



Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)



Dinastia: Bragança