O advogado dogoleiro Bruno de Souza, de 27 anos, Rui Pimenta, afirma que a carta que teria sido escrita pelo ex-atleta do Flamengo para Luiz Henrique Romão, o Macarrão, refere-se à relação homossexual entre os dois, e não a um pedido dele ao amigo
“E você mesmo disse para mim que si (sic) precisasse você ficaria aqui e que era pra mim (sic) nunca te abandonar, então irmão chegou a hora”, diz um trecho da carta.
“Ela parece mais uma carta de amor, uma referência a uma relação homossexual entre eles. Ele fala ‘perdoe’, fala de amor, filhos, família. O plano B seria uma referência à separação dos dois. O Bruno já está pronunciado e não pode sair da cadeia, a não ser que seja inocentado no júri, portanto esse plano B não existe. Isso é uma interpretação equivocada da revista”, alegou Pimenta, que vai se encontrar hoje com Bruno no presídio Nelson Hungria (MG). É lá que também está Macarrão. “Vou perguntar se ele escreveu essa carta, que nem data tem”, disse Pimenta.
Bruno e Macarrão dividiram a mesma cela ano passado. Hoje, Bruno está sozinho.
“Ele será julgado por pessoas comuns da sociedade e essa imagem, de que ele pediu ao Macarrão para assumir o assassinato de Eliza, é que vai ficar. Mas ele é inocente”, concluiu o advogado Rui Pimenta.
Bruno já foi casado com Dayane Souza, com quem teve duas filhas. Atualmente, é noivo da dentista Ingrid Calheiros. Ela, aliás, é a visita íntima que Bruno recebe todo mês.
Assistente de acusação dispara: ‘Para Bruno, não tem mais jeito’
Assistente de acusação do caso, o advogado João Arteiro vai pedir que a carta seja anexada ao processo e contesta a explicação de Rui Pimenta sobre o teor do documento. “Esse plano estava traçado desde o início, mas não deu certo porque os advogados que começaram no caso atrapalharam tudo. Agora, para o Bruno, não tem mais jeito. Ele (Pimenta) quer ressuscitar o ‘plano B’ e dizer que o Macarrão é amante do Bruno. Isso é tudo conversa”, disse ele.
Macarrão tatuou as costas: ‘Bruno e Maka, amor verdadeiro’. A inscrição teria sido feita cinco horas antes do sequestro de Eliza, ainda no Rio.
Arteiro pedirá também que o policial civil aposentado José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, seja novamente investigado. Segundo ele, foi Zezé que apresentou Bruno e Macarrão ao ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de executar Eliza. Zezé prestou dois depoimentos à polícia, que não conseguiu provas da participação dele. “Há provas suficientes de que ele está envolvido”, afirma.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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