(Antes Eram Assim)
O perfil do atual cenário político em Areia Branca, faltando pouco mais de uma semana para encerrar o prazo das convenções municipais que definirão as candidaturas a prefeito e a vereador nas eleições deste ano. A matéria é analítica. Leia.
“O sistema governista em Areia Branca, que há anos simula ser unido e mantém uma delicada convivência, marcha à divisão. Duas candidaturas a prefeito devem sair desse ‘útero’, depois que mágoas pessoais e interesses conflitantes começaram a transbordar abundantemente.
O prefeito Manoel Cunha Neto (PP), o “Souza”, caminha para lançar a ex-secretária da Saúde do Município, Lidiane Garcia (PSB), para personificar seu nome e grupo. Já o vice-prefeito José Bruno Filho (PMDB) caminhará noutra faixa.
Como este Blog tem narrado há tempos, trazendo fatos de bastidores e dissecando acontecimentos mais visíveis, o prefeito Souza e o vice-prefeito Bruno Filho nem se falam mais em convívio social e administrativo. Há algumas semanas passaram a usar intermediários e até microfones da Rádio FM Costa Branca para expressarem mágoas e mandarem recados mútuos.
Bruno resolveu endurecer de vez com Souza, que se aproxima do final do segundo mandato. Pré-candidato à prefeitura, o vice-prefeito (e ex-prefeito duas vezes) mudou de opinião ou ajustou-a, para escantear definitivamente o prefeito do processo sucessório.
Se antes proclamava não impor vetos e dizia não ter preferência de um nome a vice, hoje Bruno Filho assume nova postura. É diametralmente oposta ao que declarava há poucos dias. Passou a puxar para si a primazia de escolhas e exclusões, além de subjugar Souza à sua vontade. Tem respaldo para isso.
Domingo (17), na casa do presidente do PMDB, ex-vereador Cleodon Bezerra, com as presenças de Bruno e do vereador Dijalma Souza (PMDB), o prefeito foi comunicado de uma decisão que amputava sua participação na campanha municipal. Foi informado que num acerto entre os presidentes estaduais do PMDB e PR, respectivamente deputados federais Henrique Alves e João Maia, ficara decidido que o ex-vereador e ex-candidato a prefeito Francisco Macedo (PR) ocuparia espaço como vice.
(Hoje se Encontram Assim)
“Impeachment”
Descartado, Souza deixou a reunião visivelmente magoado. O impacto foi de um “impeachment” moral, de cima para baixo, alijando-o do próprio processo sucessório e ejetando-o do poder com meses de antecedência.
Há quase duas semanas, precisamente na sexta-feira (8), Bruno fez pronunciamento na FM Costa Branca debulhando ressentimentos de Souza. Mesmo assim, num lampejo e ardil “conciliador”, declarou:
- Esperamos que o nosso principal aliado, o prefeito Souza, atendendo ao compromisso firmado em nosso coligação, indique com a maior brevidade possível, o nome do candidato a vice-prefeito para compor a nossa chapa.
Segundos antes, na mesma fala, Bruno tinha declarado o seguinte em relação à indicação do vice: “Nunca tive nome de preferência ou nome ideal e nunca me opus a nenhum dos nomes apresentados”.
No domingo (17), ocorreu a reviravolta: com o respaldo de João Maia e Henrique, o pré-candidato a prefeito ganhou fôlego para se vingar de Souza. Na FM Costa Branca (dia 8), ele já tinha afirmado que recebera um tratamento incompatível do gestor, que também afetara “os que estavam mais próximos” dele. Agora vem o troco.
Enfim, a sorte está lançada.
Nota do Blog do Carlos Santos – Vale lembrar que o enfrentamento assumido por Bruno tem um combustível adicional: livre de demandas judiciais e no Tribunal de Contas do Estado (TCE), que poderiam impedi-lo de ser candidato, após longa peleja do próprio Souza para viabilizá-lo, ele não precisa mais “pisar em ovos” e evitar maiores atritos. Agora está seguro de si”.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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