domingo, 6 de maio de 2012

"Eu não tento fazer, eu vou e faço", diz Joanna


Preparei-me para essa entrevista estudando um pouco da carreira da cantora Joanna, seus trabalhos, discos e sua trajetória. O que não esperava era que logo na primeira pergunta nossa conversa ganhasse um norte completamente diferente. Questionei sobre o CD recém lançado onde gravou exclusivamente músicas de padre Zezinho. A partir daí a artista enveredou pela temática da fé.
No início da entrevista parecia pouco a vontade, mas logo se desnudou, falou com muita simplicidade e espontaneidade sobre a fé, as provações, os milagres e o momento em que se "fechou". Hoje a fase de Joanna é de reabertura. Testemunhou que se decepcionou com algumas pessoas o que a levou ao "fechamento". Com novo olhar, revigorada pela fé, Joanna afirma que vive um novo momento. "Passei por algumas decepções muito fortes que me fizeram retrair e nessa retração minha fé foi posta a prova. Recobrei isso de forma fantástica e agora posso agradecer e dizer que realmente estava errada e é possível fazer as coisas da forma como Deus quer", disse a cantora, que realizou show em Natal, evento promovido pela Idearte, empresa dirigida por Amaury Júnior. Em um dos dedos da mão um grande anel com a imagem de Nossa Senhora, nos gestos um semblante de equilíbrio, nas palavras a simplicidade, no semblante a paz refletida na própria experiência que ela relatou sobre a fé e os milagres.
Com três décadas de carreira, Joanna já não tenta, ela "faz", como assim mesmo disse na entrevista.
E o próximo fazer está embutido no projeto de levar um musical para os palcos do teatro. A convidada de hoje do 3 por 4 é uma cantora que dispensa apresentações, uma mulher de fé, uma pessoa de muitas lições. Com vocês, Joanna:

O que lhe levou a gravar um CD exclusivamente com músicas de padre Zezinho?
Essa continuidade do trabalho religioso-católico se deu depois de 12 anos de um primeiro projeto que eu havia feito, que foi Joanna em Oração. Foi um disco de projeto, de vida mesmo, de agradecimento particular meu, de minha mãe. Fiz o disco na época acreditando que os milagres existem. E verdadeiramente isso foi comprovado através da cura da minha mãe. Eu disse que se pudesse fazer uma homenagem a Nossa Senhora, a qual tenho devoção imensa, faria e foi feito (há 12 anos). A reboque disso veio A Padroeira, que foi um grande sucesso através da novela do mesmo título, a qual levou o disco pelo Brasil afora se tornando um grande baluarte dentro do meu formato musical até então. Mas foi apenas um projeto de fé, projeto de agradecimento. Doze anos depois eu senti uma necessidade de reflexão maior mediante a minha fé. Há uma série de coisas que a gente passa na vida da gente e que as vezes colocamos nossa fé em prova. Não queria nada que fosse um revival do meu trabalho, dos 30 anos de carreira. Não queria nada que fosse imbuído de trabalhar meu lado de compositora. Até então eu vinha de uma fase onde eu estava muito fechada para mim mesmo e até para o próprio mundo que estava me circulando naquele momento e achei por bem e por mais acertado possível buscar isso nas palavras de um grande amigo (padre Zezinho). Além de ele ter sido um grande amigo em uma fase da minha vida que foi uma fase que todos nós passamos, são fases difíceis, foi uma fase onde pude através das dificuldades fazer essa homenagem aos 45 anos de canção de padre Zezinho e  fazer um disco onde pudesse refletir sobre o que é a fé em mim, qual o poder dela, o reforço que eu tive através da grande palavra e grande iluminação, que é a fé. Foi a partir disso que consegui atravessar as fases difíceis da vida, pelas quais todos nós passamos, inclusive na vida de nós artistas. As pessoas acham que os artistas não passam por problemas. Mas acho que a palavra de padre Zezinho, a homilia dele, ele é um homem de fé e um grande amigo,  para mim, foi um grande guru na minha vida, onde foi possível conversarmos. Nessa época (para gravar o novo CD) conversamos e vimos que havia duas datas emblemáticas a minha (de 30 anos de carreira) e a dele (45 anos de carreira). E por que não fazer o que mais queria fazer que era agradecer? Agradeci com esse CD aos 30 anos de carreira que foi maravilhoso. O disco chega a disco de ouro. Não quero dizer que isso (o CD com música de padre Zezinho) é a continuidade da carreira de Joanna na MPB. Não! O projeto Em Nome de Jesus é para ficar no coração das pessoas e plantar uma semente chamada amor, observação mediante a vida, mediante os problemas naturais da vida e a volta por cima. Através da fé é que a gente consegue dar a volta por cima. Esse disco é minha homenagem ao padre Zezinho. De todos os padres que estão na mídia e fazem seu trabalho através da oração cantada padre Zezinho foi o precursor de todos eles e acho que influenciou uma série de pessoas nesse âmbito. Ele é a grande porta aberta da fé .
Você lança esse CD com músicas religiosas agora por que teve sua fé posta a prova?
Eu sou uma pessoa muito crente, muito devota. Em determinados momentos da vida da gente ficamos combalidos e esquecemos que existe uma força muito maior que é aquela que nos segura. As vezes você perde as referências que tem através da sua família, da sua igreja. Igreja que eu falo é a sua igreja que você constrói dentro de você. Quando você perde essa referência você se sente combalido. Em alguns momentos, nesses três ou dois anos isso ocorreu.
Você disse nessa entrevista que estava um pouco fechada para si mesmo e para o mundo. O que lhe levou a isso?
Acho que eu sou uma pessoa muito aberta para vida. Meu coração é sempre muito aberto para as pessoas. Uma das coisas muito bonitas que sempre escutei é que quando chego perto das pessoas eu passo uma paz muito grande. E eu perdi um pouco essa paz pelo fato de que perdi essa coisa das pessoas olharem isso e perceberem, que existia realmente essa paz. Através de muitos problemas que atravessei mediante as pessoas que estavam ao meu redor que se mostravam amigas e não eram mais. Eu perdi a paz. Ou seja você acredita demais no coração do outro e acredita que o outro poderá lhe dar um feedback da mesma forma. Eu sou uma pessoa de coração aberto. A princípio sempre acredito em tudo. Passei por algumas decepções muito fortes que me fizeram retrair e nessa retração minha fé foi posta a prova. Recobrei isso de forma fantástica e agora posso agradecer e dizer que realmente estava errada e é possível fazer as coisas da forma como Deus quer. Ele não coloca as coisas na vida da gente porque é simples. As coisas estão ali porque estão traçadas e você tem que ter essa força. É possível dar a volta por cima.
Joanna está novamente aberta?
Sim. Agora estou feliz. Estou feliz porque isso é como se fosse uma recuperação. Um olhar para vida, para as pessoas. Acho que a gente tem que conviver com as coisas que nos aparecem porque a vida é assim. Graças a Deus a gente está aí trabalhando mais, estou com a cabeça voltada para um projeto muito bonito ano que vem, será um projeto inédito na minha vida. Eu sou uma filha do teatro. Teatro é palco sagrado, vou voltar para o teatro e tentar fazer. Aliás, tentar fazer não, eu não tento fazer mais nada, eu faço. Vou fazer um musical ano que vem. Estão sendo estudadas todas as formas dele. Será um ano de estudo. Chegou a hora e vai sair um DVD também.
Você canta com simplicidade e toca as pessoas de forma muito direta. Você teria com isso descoberto a forma de fazer um público fiel, como você fez?
Não é bem por aí. Ao público não se engana. A transparência sua e a verdade com que você conta as histórias da sua vida, da vida das pessoas, elas têm que ter uma verdade interior muito forte. Cantar para mim é como semear luzes. Cantar para mim é minha vida. É o que mais gosto de fazer. Quando você abraça como ofício e não como trabalho a coisa se torna diferente. Sempre digo que quando você não ficar nervoso quando estiver entrando no palco é porque acabou seu gás e acabou seu compromisso com o público, com sua arte. É sempre como se fosse a primeira vez. Obviamente que cada vez mais você se cobra para dar o melhor para o seu público. Isso eu nunca abri mão da qualidade com que apresento meu trabalho para as pessoas. Essa coisa do trabalho, da qualidade, do envolvimento do público, precisa ter algo de você, que venha com verdade e sinceridade dentro de você. Abraço minha carreira como ofício. Se abraço como ofício para mim ela não é trabalho.
Você chegou a dizer que "não tenta, faz". Depois de 30 anos de carreira, qual a meta do seu trabalho hoje?
São muitas coisas que tenho na minha cabeça. Sou um aquário em ebulição. Não paro nunca de querer e querer o melhor. A meta é ser uma mensageira da alegria, deixa um pouco do meu trabalho na vida das pessoas. quando eu estiver aqui e quando eu não mais estiver aqui, que esse trabalho seja lembrado por tudo que foi feito com muito esmero, carinho e dedicação. Quero morrer fazendo o que faço. Não saberia fazer melhor o que faço hoje. Na minha cabeça não tem um projeto, tem dez. não sei qual vou escolher para fazer. Mas com certeza vou primar sempre pela qualidade e não pela quantidade. Hoje em dia estou mais seletiva nesse sentido de buscar canções que já não permeiam mais a cabeça das pessoas, compositores que precisam ser relembrados. A ideia é fazer grandes projetos e direcionar minha carreira para os palcos do teatro.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus

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MINHA CIDADE -

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AREIA BRANCA MINHA TERRA - A cidade de Areia Branca começou como uma colônia de pescadores na ilha de Maritataca, à margem direita do rio Mossoró, diante do morro do Pontal, que marca a divisa entre as águas do rio e do oceano. A primeira casa de tijolos foi construída ali em 1867. Areia Branca é hoje um município de 23.000 habitantes e 374 quilômetros quadrados.

SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1





Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon







Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



Janeiro, Brasil



Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,



D. Amélia de Leutchenberg



Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),



Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)



Dinastia: Bragança