quarta-feira, 11 de abril de 2012

Carla Ubarana aponta Osvaldo Cruz como mentor do esquema de desvios no TJ


A ex-chefe do setor de Precatórios do Tribunal de Justiça Carla Ubarana Leal entregava dinheiro proveniente de desvios de dinheiro público a desembargadores sempre ao final de tarde na garagem do Tribunal de Justiça, ou mesmo em sua sala, no segundo andar do prédio, e também na presidência do TJ. Por quase seis anos virou uma rotina dentro do Judiciário potiguar. É o que ela afirma em depoimento prestado no dia 30 de março ao juiz José Armando Ponte, da 7ª Vara Criminal, cujo teor se tornou público ontem e cai como uma bomba dentro do escândalo. Os desembargadores Osvaldo Cruz e Rafael Godeiro foram nominalmente citados como os maiores beneficiados pelas fraudes que ela realizava durante o tempo em que chefiou o setor, de janeiro de 2007 a janeiro desse ano. Carla está afastada desde a deflagração da Operação Judas e foi apontada pelo Ministério Público como chefe de uma quadrilha no TJ. Ao juiz, ela confessa todos os crimes e aponta o envolvimento dos desembargadores com impressionante riqueza de detalhes. A atual presidente, Judite Nunes, é isentada das responsabilidades. "Tenho certeza que ela não sabia de nada", garantiu a acusada.A entrega era feita a ele todo final de tarde, no Tribunal de Justiça, em um envelope pardo amarelo em notas de R$ 100 fazer o menor volume possível", contou Carla, sobre a parte que cabia ao desembargador Osvaldo Cruz, presidente que a nomeou para cargo, em janeiro de 2007. Aparentemente calma, mas sempre com respiração ofegante, ela começa seu depoimento com um sonoro "É", ao ser questionada pelo juiz se seria ela a autora dos desvios para pagamento aos quatro laranjas e posterior repasse do dinheiro, nos quatro processos de que é acusada. Ela inclusive afirmou que os dois desembargadores chegaram a reclamar da demora no repasse das verbas desviadas. "Eu tinha que deixar a maior parte do dinheiro na conta para continuar rendendo, e não podia pagar toda semana, mas eles estavam acostumados ao pagamento daquela forma, tanto o desembargador Osvaldo quanto o desembargador Rafael", contou.Técnica judiciária de carreira, Carla disse que tudo começou num veraneio, quando ela recebeu uma ligação do advogado Felipe Cortez, questionando se ela teria interesse em chefiar a Divisão de Precatórios do TJ. "A nomeação já havia sido feita e eu não sabia, tanto que já estava até publicada no Diário Oficial do dia 17. Eu disse 'com certeza'. Meu cargo era de chefe de seção, passaria para chefe de divisão e ganharia mais do que isso". No início o então presidente, Osvaldo Cruz, lhe pediu para fazer um levantamento do setor. Inicialmente ela percebeu que vários processos quebravam a ordem cronológica, ou seja, "furavam a fila", o que seria um procedimento.
Dinheiro sem donoFoi nessa época que ela percebeu que o setor funcionava de forma desorganizada. Antes todos os depósitos eram feitos em uma conta do Banespa, e o TJ teve que mudá-la para uma conta do Banco do Brasil. "Percebi que havia um valor em dinheiro dentro da conta dos precatórios não vinculado a nenhum processo e levei o problema ao desembargador Osvaldo Cruz. O valor era mais ou menos de R$ 1,6 milhão, e o desembargador concluiu que esse dinheiro não tinha dono. Ele perguntou qual a melhor forma de retirar essa verba, trabalhar esse dinheiro, usar a verba em benefício próprio. Eu disse que tinha como ser feito, usando a mesma numeração de outro processo, mas que o pagamento não poderia ser feito da mesma forma [que outros processos]".
O pagamento era feito em cheque, depois mudou para guias de depósito judicial, mas a retirada se manteve da mesma forma. "É como se tivéssemos vários cheques em branco assinados. Procurei meu marido George, e disse que teria que dividir o dinheiro em várias contas, em vários cheques. Por isso recorremos às contas. Cláudia forneceu a conta dela, George a da empresa dele, Glex [Empreendimentos], e o Fanasaro também. Dizíamos que o dinheiro era de medição, ou precisávamos agilizar uns pagamentos de pessoas que vinham do interior", afirmava. Carla é incisiva sobre a participação do desembargador Osvaldo Cruz: "O desembargador foi muito claro: 'Eu não quero saber a forma como foi retirado. Resolva essa parte e quando você estiver com a verba venha pra cá que a gente divide'".

Postado Por:Daniel Filho de Jesus

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AREIA BRANCA MINHA TERRA - A cidade de Areia Branca começou como uma colônia de pescadores na ilha de Maritataca, à margem direita do rio Mossoró, diante do morro do Pontal, que marca a divisa entre as águas do rio e do oceano. A primeira casa de tijolos foi construída ali em 1867. Areia Branca é hoje um município de 23.000 habitantes e 374 quilômetros quadrados.

SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1





Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon







Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



Janeiro, Brasil



Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,



D. Amélia de Leutchenberg



Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),



Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)



Dinastia: Bragança