
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou no teto da meta estipulada pelo governo em 2011, de 6,5%. Embora tenha ficado a contento da equipe econômica, a taxa foi a mais alta desde 2004. O aumento da renda e a expansão do emprego foram apontados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como os principais estímulos à inflação no ano.
O dado preocupa, porque tanto o rendimento do trabalhador quanto o mercado de trabalho devem continuar fortes em 2012. Além disso, o salário mínimo acaba de ser reajustado, o que indica mais pressões inflacionárias pela frente.
"A inflação veio mais forte no primeiro semestre, e a demanda aquecida foi o principal fator para o aumento dos preços. A causa foi a demanda interna, e a pressão deve continuar em 2012", avalia Bruno Brito, analista da Tendências Consultoria Integrada.
Embora incentive ainda mais o aumento da demanda, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca - fogões, geladeiras e máquinas de lavar - na reta final de 2011 foi fundamental para impedir que o aumento de preços ficasse acima do limite máximo esperado pelo governo para o ano.
Com os eletrodomésticos mais baratos em dezembro, os artigos de residência caíram 0,87% em dezembro, o que puxou o IPCA do mês para baixo em 0,03 ponto porcentual e suavizou o impacto do aumento dos alimentos (1,23%) e vestuário (0,80%). A inflação no grupo alimentação e bebidas foi responsável por 58% do IPCA no mês
.Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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