sábado, 17 de dezembro de 2011

Morre o mestre Joãosinho Trinta

 
O carnavalesco João Clemente Jorge Trinta, conhecido como Joãosinho Trinta, morreu às 9h55 da manhã deste sábado por choque séptico, pneumonia e infecção urinária, segundo informou o Hospital UDI onde ele estava internado, em São Luís, no Maranhão. Joãosinho Trinta tinha 78 anos.
O carnavalesco estava em estado grave e só conseguia respirar com a ajuda de aparelhos. Ele estava internado desde 3 de dezembro devido a pneumonia. 

Joãosinho Trinta, nasceu no dia 23 de novembro de 1933, em São Luís, no Maranhão. Seu nome e seu trabalho estarão sempre marcados na história do Carnaval, pela criatividade na confecção de enredos que marcaram a história da maior festa popular do País.
O carnavalesco veio de família pobre e quando criança mostrava dom de criação ao fabricar seus próprios brinquedos. Aos 18 anos, Joãosinho deixou o trabalho de escriturário em São Luís e se mudou para o Rio de Janeiro, para estudar dança clássica no Theatro Municipal. Fez parte do Corpo de Baile da instituição, pela qual encenou duas óperas, "O Guarani", de Carlos Gomes, e "Aida", de Giuseppe Verdi.
Mais de 10 anos depois da chegada a capital fluminense, ele encontrou o que seria sua maior paixão, o Carnaval. Em 1961, Joãosinho Trinta ingressou no Salgueiro, como carnavalesco assistente. Em 1965, 1969 e 1971, ajudou a escola levantar o troféu de campeã. Após saída da dupla Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues em 1973, Joãosinho é convidado a assumir como carnavalesco do Salgueiro.
E rapidamente, o artista mostrou seu dom. Em 1974 e 1975, ele conquista o bicampeonato do Carnaval carioca, primeiro com o enredo "O Rei de França na Ilha da Assombração" e no ano seguinte com "O Segredo das minas do Rei Salomão". Desde o início sua marca foi a utilização de acessórios que refletiam riqueza. Anos depois, ele sintetizou sua obra com uma frase que ficou marcada na história do Carnaval do Rio: "O povo gosta de luxo; quem gosta de miséria é intelectual".

Títulos e polêmicas

Em 1976, Joãosinho Trinta iniciou o mais bem-sucedido casamento de sua carreira, indo para a Beija-Flor. Na azul e branca de Nilópolis, ele conquistou os carnavais de 1976, 1977, 1978, 1980 e 1983. Mas, o momento que marcou sua trajetória não veio em um título e sim com um desfile histórico. Em 1989, o enredo "Ratos e Urubus, larguem a minha fantasia" atravessou a passarela do samba, para se tornar um dos mais polêmicos da Marquês de Sapucaí.
Joãosinho surpreendeu o público com o enredo com carros e alas repletos de lixo, além de uma réplica do Cristo Redentor. Mas, após uma ação judicial proposta pela Igreja Católica, a imagem foi proibida pela Justiça de cruzar a Avenida e a alegoria passou pelo desfile coberta por um plástico, a frente do qual se podia ler "mesmo proibido, olhai por nós". A Beija-Flor acabou vice-campeã, mas, este Carnaval ficou eternizado.
Em 1992, no que acabou sendo o seu último ano na Beija-Flor, foi a vez do carnavalesco colocar para desfilar um casal que desfilou nu. Joãosinho foi levado a Delegacia de Policia, onde alegou que era uma homenagem à obra de Leonardo Da Vinci. Após a saída da azul e branco, Joãosinho Trinta se transferiu para a Viradouro, escola em que trabalhou até 2000, vencendo um Carnaval, com o apoteótico "Trevas! Luz! A explosão do universo". Entre 2001 e 2004, o carnavalesco atuou na Grande Rio, e em 2005, ele fez seu último desfile na Vila Isabel. Em 1989 e 1990, Trinta se aventurou no Carnaval de São Paulo, conquistando dois vice-campeonatos na Unidos do Peruche.

Saúde fragilizada

Em 1996, Joãosinho Trinta sofreu um derrame, que deixou sequelas, paralisando um dos lados do seu corpo, mas, que não impediram o carnavalesco de continuar atuando na Viradouro. Em 2004, um novo derrame debilitou ainda mais o artista, que ainda encontrou forças para mais um desfile na Sapucaí.
O mais duro golpe na saúde do carnavalesco acabou vindo em 2006, quando Joãosinho Trinta sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Foram pouco mais de três meses de internação e o carnavalesco chegou até ser transferido do Rio para Brasília.
As indas e vindas aos hospitais se tornaram constantes. Em 2011, quando retornou ao Maranhão, para atuar na Secretaria de Cultura, projetando a comemoração dos 400 anos de São Luís no ano seguinte, ele foi hospitalizado duas vezes. Em maio, com pneumonia e insuficiência cardíaca, Trinta ficou 37 dias internado. Em dezembro, deu entrada no hospital dia 3, com quadro de insuficiência respiratória.
Homenagens

O artista gravou um documentário em 2003. “A Raça-Síntese de Joãosinho Trinta”, mostrava a confecção do carnaval da Grande Rio naquele ano. No vídeo, foco central no gosto pela cultura popular brasileira, além do luxo. No ano seguinte, ele foi homenageado como enredo na Acadêmicos da Rocinha.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus

Nenhum comentário:

Postar um comentário

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

VOLTE LOGO!

PROG.COISAS DA GENTE DE SEG Á SEXTA FEIRA DAS 5:00 AS 06:00Hs.

PROG.COISAS DA GENTE DE SEG Á SEXTA FEIRA DAS 5:00 AS 06:00Hs.
E ESTAÇÃO POPULAR AS 13:00Hs.SABADO COM APRESENTAÇÃO E SONOPLASTIA DE DANIEL FILHO NA LUTA FM-APODI-RN-tel:(84)3333-2854

PROG. ALVORADA SERTANEJA(FORA DO AR)

PROG. ALVORADA SERTANEJA(FORA DO AR)
AGUARDEM

AREIA BRANCA-RN

AREIA BRANCA-RN
PORTO ILHA AREIA BRANCA-RN -Em 1974 foi inaugurado o porto-ilha de Areia Branca, o principal escoadouro do sal produzido no Rio Grande do Norte para o mercado brasileiro. Situado 26 quilômetros a nordeste da cidade e distante da costa cerca de 14 milhas, consiste em um sistema para carregamento de navios com uma ponte em estrutura metálica com 398m de comprimento. O cais de atracação das barcaças que partem de Areia Branca tem 166m de extensão e profundidade de 7m. Ali o sal é descarregado para estocagem em um pátio de 15.000m2 de área e capacidade para 100.000t. O porto-ilha movimenta em média 7000 toneladas de sal por dia.

MINHA CIDADE -

MINHA CIDADE -
AREIA BRANCA MINHA TERRA - A cidade de Areia Branca começou como uma colônia de pescadores na ilha de Maritataca, à margem direita do rio Mossoró, diante do morro do Pontal, que marca a divisa entre as águas do rio e do oceano. A primeira casa de tijolos foi construída ali em 1867. Areia Branca é hoje um município de 23.000 habitantes e 374 quilômetros quadrados.

SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1





Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon







Ordem: 1.º Imperador do Brasil



Início do Império: 7 de Setembro de 1822



Término do Império: 1831



Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de



Janeiro, Brasil



Predecessor: nenhum



Sucessor: D. Pedro II



Ordem: 28.º Rei de Portugal



Início do Reinado: 10 de Março de 1826



Término do Reinado: 2 de Maio de 1826



Predecessor: D. João VI



Sucessor: D. Miguel I



Pai: D. João VI



Mãe: D. Carlota Joaquina



Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798



Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal



Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834



Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal



Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,



D. Amélia de Leutchenberg



Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),



Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)



Dinastia: Bragança