A Lei Geral da Copa sofreu uma alteração significativa antes de ir à votação em comissão especial da Câmara dos Deputados. A venda de bebidas alcoolicas em estádios será permitida somente durante a realização do Mundial de 2014 - e não permanentemente, conforme era proposto, com alteração no Estatuto do Torcedor. O relatório do deputado Vicente Cândido (PT-SP) também retirou os idosos da categoria 4 (a mesma de estudantes, indígenas e população de baixa renda), que garante o direito de comprar ingressos por preços mais baixos, por cerca de R$ 50.
Eles continuam, no entanto, com possibilidade de adquirir meias-entradas. Vicente Cândido ainda incluiu em seu relatório uma indicação do deputado Cléber Verde (PRB-MA). A ideia do parlamentar é adaptar as férias escolares para o período de disputa da Copa do Mundo, entre 12 de junho e 13 de julho de 2014.
A Lei Geral da Copa interessa diretamente à Fifa, que lucra com a venda de bebidas alcoolicas nos estádios e perde receita com a comercialização de meias-entradas. Diretor de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a partir de janeiro, o presidente corintiano Andrés Sanchez se posicionou favorável à entidade comandada por Joseph Blatter em entrevista recente.
"Não morro de amores pela Fifa, mas acho um absurdo que não a gente não possa vender bebibas alcoolicas nos estádios. Em shows, rodeios e outros eventos pode. Por que não pode no futebol? E, quando o governo brasileiro se propôs a fazer a Copa, aceitou as condições da Fifa. Não adianta a gente reclamar agora", declarou Sanchez, que encabeçou as negociações para fazer do futuro estádio do Corinthians, em Itaquera, a sede do jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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