
O Primeiro Comando da Capital (PCC) é responsável pelo envio de pelo  menos 95% das drogas ilícitas consumidas no Rio Grande do Norte. A  estimativa é do delegado Odilon Teodósio dos Santos, que ontem deixou a  Delegacia de Narcóticos de Natal (Denarc) e se transferiu para Divisão  de Polícia do Oeste (Divipoe), com sede em Mossoró.
De acordo com  o delegado, a facção criminosa nascida nos presídios de São Paulo  mantém contatos com cerca de 15 a 20 traficantes internos das  penitenciárias estaduais de Alcaçuz, em Nísia Floresta, e de Parnamirim  (PEP).
"Esses traficantes são pessoas de confiança do PCC. É  claro que a droga não é entregue a eles, até porque estão presos. Mas  são enviadas a prepostos, que ficam encarregados de fracionar o  material, distribuí-lo e arrecadar o dinheiro apurado, que é depositado  em contas bancárias de 'laranjas' do PCC", explicou Odilon Teodósio.
A  preferência do PCC por esses "contatos" dentro dos presídios do Rio  Grande do Norte e de todo o país se dá por um motivo simples: como esses  traficantes já estão presos, são facilmente localizados caso algo dê  errado. "É uma relação de confiança. E se por acaso essa confiança for  quebrada, os 'infratores' são sumariamente executados, conforme o  'código' deles", resumiu o delegado.
O crack e a maconha  percorrem um longo caminho antes de chegar ao consumidor final no Rio  Grande do Norte (ver infográfico ao lado). A droga é fabricada/plantada  na Bolívia e no Peru e enviada para o Paraguai. Lá, é adquirida por  integrantes do PCC, que a levam para São Paulo. Do Estado paulista, os  entorpecentes são trazidos para todo o Rio Grande do Norte e para todo o  Nordeste, na grande maioria das vezes, por via terrestre.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
 
 

 
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