
O contrato firmado entre a Prefeitura de Natal e 800 professores  temporários da rede municipal de ensino venceu na última segunda-feira. A  licitação para uma nova seleção  está em andamento, mas ainda não há  data para a nova contratação. Walter Fonseca, secretário municipal de  Educação,  se reúne com a Promotora de Defesa de Educação Zenilde Aves  na próxima quinta-feira. Ele tenta prorrogar o contrato por, pelo menos,  um mês. Walter teme que o descasamento entre dispensa e contratação  afete o período letivo. "Vamos procurar uma solução pactuada para evitar  transtornos". Atualmente, os temporários representam pouco mais de 17%  dos profissionais em sala de aula.A Prefeitura, que assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em  abril, havia se  comprometido a realizar concurso público para professor  e uma nova  seleção para  temporários até 31 de outubro. O concurso   foi realizada em agosto (para 120 vagas), mas a seleção para temporários  ainda não ocorreu. Para suprir a carência de professores em sala de  aula na rede municipal, a Secretaria de Educação de Natal precisaria de  700 professores concursados, reconhece Walter Fonseca.
O  pagamento dos temporários, cujos contratos encerraram no dia 31 de  outubro, também está atrasado. Alguns profissionais não recebem há três  meses. Segundo o diretor de relações sindicais do Sindicato dos  Trabalhadores em Educação (Sinte), Francisco Assis Silva, o atraso  começou a ser verificado ainda no primeiro semestre. "De lá para cá, a  Prefeitura paga um mês e atrasa dois", resume.
Francisca das  Chagas Félix de Lima, professora dos 7º e 9º anos da Escola Municipal  Professora Terezinha Paulino, em Parque dos Coqueiros, zona Norte, está  sem receber desde setembro. Branca, como é mais conhecida, trabalha como  professora temporária desde março na escola . Ao invés de receber sete  meses de salário, recebeu apenas três. Os valores também foram  inferiores aos estabelecidos em contrato. Pelos sete meses de trabalho,  Branca disse ter recebido R$3 mil, quando deveria ter recebido R$9,1  mil. "Minhas contas estão todas atrasadas. Já entrei no cheque especial.  Apesar disso, não falto. Tenho um compromisso com os alunos". 
Segundo  Walter, o pagamento deve ser regularizado a partir do dia 11 de  novembro - quando o SME recebe o repasse da Educação. Segundo Fátima  Cardoso, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte),  as aulas serão paralisadas por um dia na próxima semana, como forma de  advertência. "O retorno à greve ou o adiamento do início do ano letivo  não estão descartados", afirmou. 
Postado Por:Daniel Filho de Jesus 
 
 

 
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