O ex-secretário do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, deixou o governo também ontem, segundo o próprio, "exclusivamente em solidariedade ao vice-governador Robinson Faria". Paulo de Tarso era considerado um dos homens fortes da gestão Rosalba Ciarlini e tinha carta branca para tomar muitas das decisões do Poder Executivo. Um intelectual, com vasta experiência e conhecimento amplo nas searas do direito e administração. Era ele o porta-voz dos infindáveis embates com o funcionalismo público, ainda em vias de fato com o governo. O ex-secretário foi o elo entre o vice-governador e o grupo do DEM no período pré-eleitoral de 2010, que culminou com a parceira de ambos os grupos.Em nota, a governadora Rosalba Ciarlini lamentou a saída de Paulo de Tarso Fernandes. Mas ao mesmo tempo em que dizia que não havia sido comunicada porque não recebera a carta com o pedido de exoneração, o ex-secretário afirmara que já havia informado pessoalmente a saída do governo e que não encaminharia um comunicado formal porque não havia necessidade para tanto. Paulo de Tarso deixa uma lacuna, sobretudo para os demais secretários, que tinham nele o consultor para a tomada de muitas das decisões. "Ele falava e nós assinávamos embaixo", destacou um secretário, que pediu o anonimato.
Nos dez meses em que chefiou a principal pasta da administração, o ex-secretário somou antipatias por parte dos servidores públicos. A desavença se dava porque era através dele que o governo informava aos funcionários a impossibilidade de conceder os reajustes advindos dos planos de cargos e salários, aprovados ano passado na Assembleia Legislativa.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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