Médium que tratou do pai de Gianechini diz que ator tem mais chance de escapar

Antes mesmo de saber que sofria de câncer no sistema linfático, Reynaldo Gianecchini já acompanhava o pai na luta contra a doença. Em março deste ano, o ator chegou a visitar o Instituto de Medicina do Além (IMA), em Franca (SP), onde Cisoto se submeteu a uma cirurgia espiritual. Depois, foi a vez de Gianecchini ser operado.De acordo com o médium João Berbel, que operou o pai naquela ocasião, o câncer de Cisoto já estava em estágio adiantado e ele já havia feito algumas sessões de quimioterapia.
“O senhor Reynaldo estava debilitado, já havia perdido muito peso, por exemplo. Por isso, o câncer dele o maltratava mais que aquele que o do filho. Ele tinha mais chances de não resistir. Neste caso, a cirurgia espiritual serve para curar a alma e tirar a dor dela. É um alento”, disse.
O médium contou ainda que soube da morte do pai de Giane quando chegou ao IMA na tarde de ontem. Um parente do ator havia ligado para o instituto para dar a notícia.
“Quero acreditar que o irmão Cisoto está bem agora. Estamos orando para que ele tenha um bom regresso ao plano espiritual”, concluiu Berbel.
Viva voz: João Berbel, médium
“Quando o ‘irmão’ Reynaldo Cisoto chegou no IMA, ele já havia perdido muito peso, estava muito debilitado. Ele chegou com a doença adiantada, mas pelo menos o câncer da alma dele foi curado. Quando chegar no plano espiritual, ele vai estar sem enfermidade alguma. Já o ‘irmão’ ator Gianecchini tem muitas chances de viver bem. Se Deus quiser, com as orações do Brasil inteiro, ele vai sair dessa”.

Outro drama abate Gianecchini
Reynaldo Gianecchini, de 38 anos, sofreu mais um doloroso golpe em pouco mais de três meses. Depois de descobrir ter um linfoma não-Hodgkin, tipo raro de câncer, em agosto, o ator perdeu o pai vítima de doença semelhante, na manhã de ontem. Reynaldo Cisoto, 72, que estava internado há uma semana no Hospital São Lucas, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, morreu por falência múltipla dos órgãos em decorrência de câncer no pâncreas e no fígado. O enterro aconteceu no Cemitério Bom Pastor, na mesma cidade.Visivelmente emocionado, Gianecchini chegou ao velório por volta das 14h e chorou muito ao chegar perto do caixão. Durante o enterro, o ator, que segurava uma rosa vermelha nas mãos, permaneceu abraçado à mãe, Heloísa.
Entretanto, a morte do pai não teria o surpreendido. Segundo a assessora de imprensa de Gianecchini, Márcia Marbá, ainda no domingo, ele seguiu para Ribeirão Preto para ficar perto da família.
“Nos encontramos no Aeroporto de Congonhas. Ele disse que o pai não estava bem, mas estava tranquilo e sereno. Os dois eram muito apegados”, contou.
Segundo a mulher de um primo do ator, pai e filho passaram a última noite de Cisoto juntos, quando rezaram e cantaram. Quando Reynaldo faleceu, às 7h25, Giane estava com o pai.

Querido no trabalho
Funcionários de um dos cursos onde Cisoto, que era professor de Química, dava aulas, se emocionaram com a notícia. Dentre eles, José Fernandes, 53 anos.“Todos na escola estão muito tristes com a notícia. Ele era um funcionário muito querido, inclusive pelos alunos. Que Deus abençoe a alma dele e ajude a família a suportar a perda”, lamentou. O pai de Giane tratava o câncer no pâncreas e no fígado e estava afastado da escola onde trabalha desde o início do ano por causa da doença.
Cronologia
A DOENÇA
O ator Reynaldo Gianecchini descobriu o câncer no sistema linfático durante internação, no Hospital Sírio-Libanês, para o tratamento de uma faringite crônica. Ele deu entrada na unidade no dia 1º de agosto, porém, somente no dia 10 do mesmo mês, é que a doença foi confirmada como um tipo de linfoma não-Hodgkin.
FÉ
O ator foi buscar no espiritismo o auxílio para a cura de seu câncer linfático. O médium João Berbel, que também operou o pai do ator, realizou a cirurgia espiritual durante uma visita a Giane ainda no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
CAMPANHA
Há duas semanas, pela primeira vez desde que recebeu o diagnóstico de câncer, o ator Reynaldo Gianecchini falou sobre a doença. O depoimento, emocionante, foi gravado no dia 6 deste mês para uma campanha da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale). Na ocasião, ele disse considerar a doença uma dádiva e que , no futuro, entenderá o motivo e ficará grato pelo que passou.
PAI
Reynaldo Cisoto precisou se afastar das salas de aula onde lecionava química para tratar o câncer no pâncreas e no fígado. De acordo com um funcionário de um dos locais onde dava aula, era o sogro dos sonhos das alunas, que chamavam o professor de ‘sogrão’.
COM CRIANÇAS
Giane recebeu o apoio e o carinho de crianças que enfrentam problemas semelhantes durante visita ao Grupo de Assistência à Criança com Câncer, em São José dos Campos, no mês passado.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus