Alguém pode até querer discutir o poder de decisão de consumo das mulheres. Porém, inclusive nas vezes em que a palavra final nos negócios cabe a eles, é difícil, quase raro mesmo, encontrar um homem que nunca tenha consultado a opinião delas antes. Esposa, mãe, irmã, cunhada, vizinha e até a sogra dão seus pitacos. Na prática, a influência do sexo frágil nas compras é maior do que imaginamos. Agora, com a consolidação do novo cenário econômico brasileiro e a emancipação cada vez mais forte delas no mercado de trabalho, as empresas e o varejo em geral estão de olho na características da mulher brasileira pertencente a uma camada social em ascensão no País.
As mulheres da nova classe C já mostram mais importância no consumo do que os homens de mesma estratificação. É o que revela a prévia de uma pesquisa quantitativa online realizada no segundo trimestre deste ano, com mais de 18 mil pessoas espalhadas pelo País. Denominado "As Poderosas da Nova Classe Média Brasileira", o levantamento do Instituto Data Popular traz informações divididas em nove categorias distintas de consumo, e apresenta o avanço do sexo feminino na camada que mais cresce no Brasil.
Da classe médiaNa área de turismo, por exemplo, foram elas, com 61,8%, as que mais viajaram nos últimos 12 meses. Restando 54,3% para o sexo oposto. Outro dado que mostra a força delas é a indicação de que 60,3% dessas mulheres integrantes da nova classe média nacional possuem carro em casa. A proporção de homens da mesma camada social é de apenas 46,1%. Além disso, na hora de adquirir um automóvel, 64,8% delas dão importância à potência do motor como requisito para fechar o negócio contra 53% deles.Nas famílias emergentes, também são elas as que preferem roupas de grife, com 60,2% ante 56,8% dos entrevistados. No segmento de alimentação, as emergentes são as que mais utilizam o serviço delivery para comprar comida, com 43,5% contra 39,3% dos homens.
Entre elas Na comparação entre pessoas do mesmo sexo, mas de contextos sociais e econômicos diferenciados, as mulheres da nova classe média brasileira também avançam na relação de consumo, sobretudo na comparação dos últimos cinco anos, de acordo com a pesquisa do Data Popular. Conforme o estudo, 80,7% das que pertencem à classe C preferem qualidade a preço no ato da escolha da mercadoria. Como exemplo, 70,9% delas se preocupam mais com a qualidade de alimentos congelados contra 69,1% (A/B).
Na educação, elas também já se destacam em relação às demais. Na área de informática, 66,2% estão fazendo ou já concluíram o curso, ante 62,7% e 63,8%, respectivamente das classes A/B e D/E. Além disso, as mulheres da camada C também são as que mais usam as redes sociais, com 68,9%, contra 67,6%, da classe A/B.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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