O primeiro balanço do Plano de Aceleração do Crescimento - 2ª Etapa (PAC 2), apresentado ontem em Brasília, não trouxe notícias boas para a presidente Dilma Rousseff (PT) e pode causar impacto na mini reforma ministerial que a presidente pretende promover no fim do ano.
Os resultados apresentaram diminuição de 10,8% no ritmo de execução das obras do PAC. A avaliação apresentada pela ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, no entanto, tentou trazer um retrato otimista do desenvolvimento do Programa.
De janeiro até 30 de junho de 2011, foram realizados R$ 86,4 bilhões. Desse total, a maior parte corresponde ao financiamento habitacional (R$ 35 bilhões) e às empresas estatais (R$ 24,4 bilhões). Entre abril e outubro de 2010, data do último balanço apresentado, foram executados R$ 95,7 bilhões, uma diferença de 10,8%.
Níveis semelhantesSegundo o Planejamento, o PAC 2 mantém, em 2011, níveis de execução que são semelhantes aos de 2010, "ano de melhor desempenho do programa"
O valor total do PAC 2 ( 2011 a 2014) é de R$ 955 bilhões. A previsão do governo é de conclusão de 74% das obras até 2014, o que representa um investimento na ordem de R$ 708 bilhões. O atraso ocorrerá, segundo a ministra Miriam Belchior, em 26% das obras, que representam cerca de R$ 247 bilhões em investimentos.
A execução orçamentária nos primeiros sete meses do governo Dilma foi de R$ 10,3 bilhões. Em igual período de 2010, chegou a R$ 10,5 bilhões."Entramos com o pé no acelerador, o que demonstra o aprendizado que tivemos no primeiro período. Mas isso não satisfaz. Vamos querer acelerar ainda mais e melhorar para que o PAC2 seja ainda melhor que o PAC 1", afirmou Miriam.
Ainda de acordo com a ministra, do orçamento de responsabilidade do governo, formado por receitas de impostos e da seguridade social, foram executados apenas R$ 9 bilhões.
No total, o PAC 2 investiu R$ 45,7 bilhões em execução de obras concluídas entre janeiro e junho de 2011. O valor total dos empreendimentos foi de R$ 53,8 bilhões. O valor executado no primeiro semestre deste ano (efetivamente pago a empreiteiras e fornecedores) representa 9% dos R$ 955 bilhões programados pelo governo até 2014.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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