Ciente de que os problemas de articulação política de seu governo não acabam com a saída de Antonio Palocci e de Luiz Sérgio, a presidente Dilma Rousseff e sua nova equipe palaciana - formada pelas ministras Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Secretaria de Relações Institucionais) - terão de garantir novo ritmo às ações federais e resolver "gargalos políticos" que estavam obstruídos na Casa Civil.
Para começar, será essencial que o governo encaminhe demandas represadas de aliados, para que Ideli se consolide no cargo mostrando serviço: fazendo nomeações para cargos federais nos estados e liberando emendas parlamentares apresentadas ao Orçamento da União ainda no ano passado.
Interlocutores do governo garantiram que nomeações para cargos de segundo e terceiros escalões devem ganhar as páginas do Diário Oficial da União a partir de amanhã. Na avaliação desses aliados, Ideli dará visibilidade a questões que estavam sendo negociadas e estavam à espera do aval de Antonio Palocci, que não vinha. A promessa é que, a partir de julho, haja um calendário de liberações das emendas do Orçamento de 2010, já que as de 2011 foram anuladas. Desde o início do ano, mesmo com os cortes no Orçamento de 2011, o governo já liberou, dos orçamentos de 2008 e 2009, mais de R$ 750 milhões. Mas o estoque de emendas aprovadas no Orçamento ultrapassa R$ 10 bilhões.Dependência
Mais dependente do PMDB, que na crise se mostrou fiel mas exigente, e com o desafio de reunificar o PT na Câmara, Dilma terá que agir com rapidez. Ideli já começou a procurar parlamentares de confiança para pedir ajuda. A intenção é ter um grupo de colaboradores, muitos da época em que foi líder do governo no Congresso, para dialogar com Câmara e Senado.
A primeira mexida no primeiro escalão do governo Dilma deve se limitar à da semana passada, por enquanto. Mudanças mais profundas virão numa segunda fase, provavelmente no fim do ano, quando ampliará o leque de ministros "com sua cara" - como Gleisi e Ideli.
Com a gestão do governo sob controle, mesmo durante a crise, o desafio de Dilma nas próximas semanas é a arrumação política. Para comandar o trabalho, além dela própria, que promete continuar os almoços com aliados, contará com Ideli e com o vice-presidente Michel Temer.
O grupo palaciano sabe que não terá como fugir da pressão por cargos e emendas. A questão, dizia um dirigente petista sexta-feira, "é saber se esse bando de mulher brava vai conseguir negociar com partidos da base e resolver suas demandas a contento". Se isso não acontecer, acrescentou: "Vai ser uma encrenca". Na terça-feira, quando se definia a saída de Palocci, petistas reclamavam que nem o Incra - responsável pela questão agrária - tinha preenchido cargos do segundo escalão.
Para começar, será essencial que o governo encaminhe demandas represadas de aliados, para que Ideli se consolide no cargo mostrando serviço: fazendo nomeações para cargos federais nos estados e liberando emendas parlamentares apresentadas ao Orçamento da União ainda no ano passado.
Interlocutores do governo garantiram que nomeações para cargos de segundo e terceiros escalões devem ganhar as páginas do Diário Oficial da União a partir de amanhã. Na avaliação desses aliados, Ideli dará visibilidade a questões que estavam sendo negociadas e estavam à espera do aval de Antonio Palocci, que não vinha. A promessa é que, a partir de julho, haja um calendário de liberações das emendas do Orçamento de 2010, já que as de 2011 foram anuladas. Desde o início do ano, mesmo com os cortes no Orçamento de 2011, o governo já liberou, dos orçamentos de 2008 e 2009, mais de R$ 750 milhões. Mas o estoque de emendas aprovadas no Orçamento ultrapassa R$ 10 bilhões.Dependência
Mais dependente do PMDB, que na crise se mostrou fiel mas exigente, e com o desafio de reunificar o PT na Câmara, Dilma terá que agir com rapidez. Ideli já começou a procurar parlamentares de confiança para pedir ajuda. A intenção é ter um grupo de colaboradores, muitos da época em que foi líder do governo no Congresso, para dialogar com Câmara e Senado.
A primeira mexida no primeiro escalão do governo Dilma deve se limitar à da semana passada, por enquanto. Mudanças mais profundas virão numa segunda fase, provavelmente no fim do ano, quando ampliará o leque de ministros "com sua cara" - como Gleisi e Ideli.
Com a gestão do governo sob controle, mesmo durante a crise, o desafio de Dilma nas próximas semanas é a arrumação política. Para comandar o trabalho, além dela própria, que promete continuar os almoços com aliados, contará com Ideli e com o vice-presidente Michel Temer.
O grupo palaciano sabe que não terá como fugir da pressão por cargos e emendas. A questão, dizia um dirigente petista sexta-feira, "é saber se esse bando de mulher brava vai conseguir negociar com partidos da base e resolver suas demandas a contento". Se isso não acontecer, acrescentou: "Vai ser uma encrenca". Na terça-feira, quando se definia a saída de Palocci, petistas reclamavam que nem o Incra - responsável pela questão agrária - tinha preenchido cargos do segundo escalão.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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