PCrônica
Paulo Cesar Brito-Poeta/Escritor AreiaBranquense
Sempre, sempre tenho defendido a tese, que só reconhecemos os estudantes pelo seu fardamento escolar. Hoje é tudo diferente o aluno vai do jeito que quer e achar certo para dentro de uma sala de aula. Conquistei meu primeiro fardamento, quando estudava na Escola Municipal Aluizio Alves, do nosso querido Valdecir Nunes, Cizinho (in Memória), lembro-me bem, era uma calça azul e uma camisa branca de mangas curtas, só não sei de que tecido eram feitas as fardas, se era de Terbrim, linho ou outro tecido peço ajuda aos mais antigos. O calçado era um conga azul, Virgem Maria, ainda sou do tempo de “conga” olhe ai gente. Ficávamos todos iguais e bonitos, principalmente em época de desfile cívico.
Hoje os uniformes usados pelos alunos da rede estadual e municipal, não sei nem se posso chamar isso de farda, mais parece um time de futsal, ou bloco alternativo de carnaval, coisa assim. Isso tudo mim causa até certa revolta. Na parte das costas das camisas os alunos fazem questão de não mais escreverem seus próprios nomes e sim, os nomes de quem eles admiram, por exemplo, Michael Douglas, Michael Jackson, Ronaldinho, Hittler, Mussolini, esses dois últimos foram os maiores ditadores de seus respectivos países, cruéis mesmo. É triste ver isso.
Só para se ter uma idéia, quando eu cursava o primeiro ano magistério no extinto Centro Educacional Desembargador Silvério Soares, fui mandado embora para casa, pela diretora Fátima Oliveira á época, somente por que eu estava com o uniforme mais faltava as meias. Entendi-a e fui embora. Coisa essa que não acontece mais nos dias de hoje. Não sei por que os alunos ainda, não resolvem ir nu ou vestido de tarrafa, pois nem está nu e nem tão pouco vestido. Vão de calção, chinelos, mini saias, topes. Uma verdadeira nudez como se estivessem indo a festas ou a praia. Que coisa não?
Conversando com o amigo Carlos Alberto Junior da Estação digital sobre o assunto de uso do fardamento escolar, ele disse que outro dia em conversa com o então secretário municipal de educação o Professor Raimundo Lacerda, o mesmo comentou com Carlos Junior, que existe uma portaria, a qual proíbe a exigência do fardamento escolar, foi um projeto de lei criado por um deputado daqui do Rio Grande do Norte. Esse deputado é uma vergonha para a educação de nosso estado. Mesmo diante dessa informação repassada a mim pelo meu amigo, me interessei no assunto e fui ter uma conversa com o mestre José Jaime Rolim, mais pasmo e triste fiquei quando soube que a vereadora Francisca Varela, criou uma lei na câmara municipal dando por fim a obrigatoriedade do uso do fardamento escolar em nossa cidade. Pois a mesma frisou que muitos pais de alunos e alunos pediam ajudas para a confecção de fardamentos ao senhor prefeito e vereadores. Que coisa feia vereadora. Pois é com o fardamento onde, todos os alunos se vestem por iguais desde a camisa ao calçado, sem ter que menosprezar seus colegas de escola.. Essa seria a maneira dos alunos economizarem suas roupas e servir de passaporte de entrada para o aluno ao chegar à escola.
O que vejo nos tempos atuais, é simplesmente uma “papagaiada”, que me desculpe os alunos que não conhecem da lei, feita por um deputado e uma vereadora, sem qualquer conhecimento para com a identidade do aluno. De uma coisa tenho a plena certeza, quem perde com o não uso do fardamento, é o estabelecimento de ensino, que deveria propagar uma boa imagem com seu fardamento, e o aluno que deveria se orgulhar de vestir uma farda de sua escola preferida. Pelo menos eu e parte dos areia-branquenses da minha época de criança e adolescente, tivemos o prazer de um dia ter usado o fardamento escolar. Saudades e tristeza.
Postado Por:Paulo Cesar Brito
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