
Zagueiro e capitão do Guarani, Aílson Alves Carreiro(foto) conversou com exclusividade com o Correio, por telefone, não fugiu das perguntas e garantiu que haverá um representante do Corinthians no Rio de Janeiro para acertar a tão falada mala branca com o time de Campinas. O ex-beque do Brasiliense sabe que o jogo do Bugre contra o Fluminense, amanhã, às 17h, no Engenhão, será fundamental na definição do título do Campeonato Brasileiro e terá todos os holofotes voltados para ele. Assim, mesmo rebaixado com a equipe do interior paulista, o atleta de 30 anos espera manter o ritmo para receber uma boa proposta e seguir na elite do futebol nacional. Confira os principais trechos da entrevista.
Vocês receberam mala branca do Corinthians?A imprensa está batendo forte nesta tecla, mas nenhum jogador nem dirigente do Guarani me comunicou algum contato oficial, com valores, etc. Mas terá um representante do Corinthians, daqueles não muito conhecidos, no hotel em que ficaremos hospedados no Rio.
A oferta mexe com você? Faz correr um pouco mais?Não sou um maluco de dizer que não ligo para dinheiro. Até porque existem pessoas na minha família que dependem de mim para tudo, até para comer. Mas vou te falar, posso até ser ingênuo no meio do futebol, mas acredito no trabalho acima de tudo.
Mas essa “ajuda” seria bem-vinda, certo?É bom ser recompensado. Ainda mais para mim que fiquei muito tempo jogando campeonatos menores (Aílson jogou a Série B quatro anos pelo Brasiliense). E já estou com meus 30 anos, quase com 31. Mas acho que sou um exemplo de que o trabalho dá resultado.
Por que você seria um exemplo nesse sentido?Para muitos, eu já estou velho para pensar alto. Mas joguei um Estadual pelo Luziânia, me destaquei, tive uma rápida passagem pelo Ceilândia e fui parar no Brasiliense. Lá, disputei posição com jogadores renomados, como Júnior Baiano, Fábio Braz. Ninguém sabia quem eu era. Mas tive minha oportunidade, em 2008, e virei titular absoluto. Cheguei no Guarani este ano e ganhei a vaga de titular logo na estreia. Atuei em 36 partidas. Só não enfrentei o Atlético-GO, fora de casa. Para um zagueiro é excelente. Ganhei a confiança do Mancini (Vágner, técnico). E virei capitão do time.
E o seu futuro?Quando eu ainda estava no Brasiliense, já existiam alguns clubes interessados em mim. Posso dizer que há uma grande chance de o Guarani ter sido rebaixado, mas eu continuar na Série A.
Para que time você vai?Ainda não há nada acertado com ninguém. Apenas propostas, mas acho que o jogo de domingo vai ajudar. Todo mundo vai ver e é hora de suar sangue e arrumar um clube de ponta.
Qual foi o motivo da queda do Guarani?Quando o Brasileiro foi interrompido para a Copa do Mundo, estávamos no sétimo lugar. E a diretoria relaxou. Achou que estava bom e não reforçou a equipe. Pode até ser repetitivo, mas em campeonato longo, precisamos de elenco.
Quem vai ser o campeão brasileiro?Essa daí é difícil. Não sei mesmo. Não tenho bola de cristal. Os três (Fluminense, Corinthians e Cruzeiro) merecem. Mas o melhor time, na minha opinião, é o Grêmio. Está bem à frente.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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