
Deputado federal mais votado no País por São Paulo, Francisco Everardo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca, poderá ter que passar por uma prova para garantir a sua vaga na Câmara. O humorista é acusado de analfabetismo, o que descumpre uma exigência constitucional para aqueles que pretendem ocupar cargos eletivos. Na segunda-feira, o Tribunal Regional Eleitoral, TRE, deu prazo de dez dias para que o humorista se defenda.
Antes de decidir se solicita a realização do teste, o juiz eleitoral deve receber a defesa dos advogados de Tiririca. Eles podem apresentar algum recurso ou prova de alfabetização, como currículo escolar ou matrícula em escola. Caso veja indícios, o juiz deve solicitar que Tiririca seja submetido ao teste.
Variações
O formato da prova apresenta variações de acordo com o juiz ou estado onde é aplicada. Em São Paulo, de acordo com a assessoria da Procuradoria Regional Eleitoral, a prova pode ter duas etapas. Na primeira, Tiririca receberia um texto simples para fazer a leitura em voz alta. Em seguida, seria submetido a um ditado e teria de escrever o que ouve.
Além da representação para prova de alfabetização, Tiririca é alvo de mais um processo criminal que ainda corre na Justiça comum. Ele é acusado de ter falsificado a declaração de próprio punho entregue ao TRE. Em caso de culpa, Tiririca pode ser sentenciado a cinco anos de reclusão. A Promotoria pediu ainda a quebra dos sigilos bancário e fiscal do candidato, após entrevista à revista ‘Veja', onde ele afirma ter transferido todos os seus bens a terceiros.
Comprovado o analfabetismo de Tiririca, caberá à Procuradoria solicitar a cassação da diplomação e impedir a sua posse. Caso isso ocorra, os votos no humorista serão considerados nulos e haverá mudanças nos deputados que foram eleitos graças ao coeficiente eleitoral.
Tiririca viajou desde segunda-feira para o Ceará e em São Paulo, o advogado Ricardo Vita Porto disse que não representa mais o cliente.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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