
Os preços do pão e do leite subiram e deixaram o café da manhã mais caro. Já o custo do tradicional cafezinho não teve variação, mas é ameaçado por cotações internacionais do tipo arábico, de consumo menos comum no Brasil, que podem chegar ao bolso do consumidor. Na mesa do carioca, o maior vilão tem sido o mercado lá fora.
Os valores negociados no exterior refletem na formação do preço e na destinação do produto. Quando o mercado internacional fica mais atraente, os produtores optam pela exportação e diminuem a oferta dentro do país, o que faz os preços aumentarem. Quando itens não industrializados são afetados por problemas climáticos ou de produção em outros países, também pode ficar mais difícil e caro trazê-los ao Brasil.
O produção de trigo no Brasil, por exemplo, atende pequena parte do que é consumido. O restante é importado. Como o preço internacional está alto, elevou o valor do produto e de seus derivados aqui. Desde o início do ano, o pão francês já ficou 7,6% mais caro. Entre setembro e a terceira semana de outubro, a alta foi de 2,7%, de acordo com a pesquisa da Fecomércio-RJ.
Com forte produção de café destinada ao mercado interno, ainda não sofremos com as altas verificadas em outros países. Em todo o ano, o preço do produto subiu 0,41% nas gôndolas de supermercados.
Já o leite ficou mais caro nesse mesmo percentual só na semana passada. Desde janeiro, a alta já chega a 19,71%. Segundo Christian Travassos, economista da Fecomércio-RJ, os preços aumentaram no início do ano, mas recuaram entre abril e junho. Entre os derivados, o preço do queijo prato subiu 17,5%. A inflação no Rio está acumulada em 4,2%.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
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