O impasse entre o Governo do Estado e os servidores da Universidade
Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), em greve desde a semana passada,
foi o tema do pronunciamento do deputado Souza Neto (PHS) na manhã
desta terça-feira (2), na sessão ordinária da Assembleia Legislativa.
Alunos e professores da instituição estavam presentes na galeria da Casa
e também foram recebidos pelos parlamentares.
“Há um movimento orquestrado para desviar o foco do problema financeiro
do Estado, atribuindo à UERN a responsabilidade da crise que passa o
Governo. A Universidade não está quebrando o Estado e esse intento de
colocar a instituição como bode expiatório da crise é inadmissível”,
disse Souza.
O parlamentar ressaltou a importância da Universidade para o Estado do
Rio Grande do Norte, com 10.970 alunos e campus espalhados por diversas
regiões do Estado. “A UERN transforma vidas, forma profissionais e
dissemina o conhecimento”, completou Souza.
Em apartes, os deputados Getúlio Rego (DEM), Márcia Maia (PSB), George
Soares (PR) e Carlos Augusto Maia (PTdoB) se somaram ao pronunciamento
de Souza Neto. Fernando Mineiro (PT) disse que o Governo enviou uma nota
dizendo que não tem condição de dar reajuste salarial e que a
Assembleia deverá receber uma comissão da Universidade. “Devemos
intermediar essa situação. Dizer que a UERN é responsável pela crise, é
não conhecer as finanças do Estado e nem a UERN”, disse Mineiro.
O deputado Nélter Queiroz (PMDB) levantou a importância da discussão
sobre a federalização da UERN. Para ele, o custeio da instituição de
ensino superior é de responsabilidade do Governo Federal. “O Governo do
Estado não tem recursos para melhorias das estradas, que é de
responsabilidade dele. Por que não entregar a UERN para o Governo
Federal? Eu sou a favor da UERN, mas acredito que o Governo do Estado
não tenha como bancar a instituição”, disse ele.
Souza Neto encerrou a discussão lembrando os recursos que o Governo do
Estado paga pela parceria para a construção da Arena das Dunas, que
segundo ele também não é de sua competência. “Será que é mais importante
do que manter a UERN, que transforma vidas?”, questionou ele.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
O PlayStation 4 ganhará novidades em breve. A Sony registrou um novo
modelo contando com um HD de 1 TB – o dobro de armazenamento disponível
nos modelos presentes no mercado atualmente. O registro do modelo
CUH-1215B foi feito no órgão americano FCC (Federal Communications
Commission). Além dele, a companhia também registrou um segundo
aparelho, de código CUH-1215A, com um disco rígido de 500 GB igual ao
dos consoles antigos.
Enquanto o modelo já disponível no mercado permite a troca do disco
rígido do console por um maior, o lançamento de um modelo com mais
capacidade de armazenamento deve auxiliar a impulsionar a venda de jogos
no formato digital.
Até o momento, não há informações a
respeito do lançamento do novo modelo do console. Maiores informações
devem ser reveladas nas próximas semanas durante a edição deste ano da E3 2015, que acontecerá entre os dias 16 e 18 de junho.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp em Campinas (SP) realizou a
primeira cirurgia com placa de titânio impressa em 3D do Brasil. O pó do
metal é importado e ainda não tinha sido usado para um procedimento de
reconstrução de crânio no país. Uma placa foi confeccionada para
beneficiar uma paciente que precisava reconstruir parte do rosto, após
sofrer um acidente de moto. O procedimento foi um sucesso.
O caso de Jéssica Cussioli, de 23 anos, foi acompanhado antes, durante e
depois da cirurgia com exclusividade pela EPTV, afiliada da TV Globo. estudante ficou com um buraco de 12 cm de comprimento no crânio após
cair de moto e bater a cabeça em uma caçamba de entulho há cerca de
oito meses. Ossos na região do olho direito também ficaram fraturados.
Uma semana após a reconstituição, a jovem já fazia planos para o futuro.
"Quero ir no shopping! Terminar a minha faculdade. Só coisa nova daqui pra frente. Cabeça nova, coisa nova", conta a estudante.
O procedimento foi feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto,
como é parte de uma pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas, ainda
não há uma previsão para que o procedimento seja disponibilizado para
toda a rede pública.
Reflexos do acidente
Desde que Jéssica sofreu a colisão, ela nunca deixou de ter dores e
desconfortos. Ao bater com a cabeça, a quina da caçamba atravessou a
viseira do capacete, causando o ferimento grave. Ela esteve lúcida
durante a espera pela chance de reconstrução.
"Tontura, dor de cabeça, mal-estar. O desconforto que eu sinto. Imagina
você ter fortes dores de cabeça todos os dias, todo o tempo", conta.
Persistência deu certo
Logo após o acidente, a família de Jéssica chegou a fazer o orçamento
de uma prótese para reconstruir o rosto dela. O valor, no entanto, era
de R$ 130 mil. A mãe da jovem pesquisou alternativas, enviou mensagens
para locais envolvidos com fabricação e estudos de próteses.
Uma delas chegou até o Instituto Biofabris, ligado ao Ministério da
Ciência e Tecnologia, que desenvolveu a técnica em titânio em parceria
com a Unicamp. O exame de tomografia de Jéssica foi usado como base e um
programa de computador criou o modelo virtual do crânio fraturado.
Uma impressora em 3D produziu o mesmo modelo em resina e placas de
titânio para cobrir os buracos nos ossos também foram desenvolvidas.
"Esse procedimento existe em outros países. O ineditismo é que esse
procedimento é feito com conhecimento nacional. Para nós é um grande
avanço, porque facilita a reconstrução, permite um resultado estético
extremamente próximo do que era antes e agrega valor de competências
científica e de manufatura ao Brasil", explica Paulo Kharmandayan,
professor do departamento de cirurgia plástica.
Os responsáveis pela pesquisa precisaram da aprovação do Conselho de
Ética da Unicamp para realizar a cirurgia, já que o material utilizado
ainda não tem a aprovação da Anvisa.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
É o fim de uma era. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, surpreendeu
o mundo do futebol ao entregar seu cargo nesta terça-feira. Ele
convocou novas eleições ao comando da entidade - que preside desde 1998 -
e informou que não concorrerá neste novo pleito. Até lá, porém, seguirá
no cargo, para o qual foi reeleito na semana passada - superou Ali Bin
Al-Hussein, príncipe da Jordânia, por 133 votos a 73.
- Tenho o
mandato, mas não sinto que esse mandato seja de todo o mundo do
futebol, de torcedores, jogadores, clubes, das pessoas que vivem,
respiram, amam futebol tanto quanto nós na Fifa. Por isso, decidi
entregar meu cargo a um congresso de um comitê extraordinário.
Continuarei exercendo minhas funções como presidente da Fifa até lá -
disse Blatter em pronunciamento nesta terça-feira em Zurique, na Suíça.As novas eleições serão entre dezembro deste ano e março de 2016, de
acordo com Domenico Scala, do Comitê de Auditoria da Fifa. Ele é o homem
que coordenará o processo da nova eleição - terá, portanto, muito
poder. O próximo congresso ordinário da entidade estava previsto para
maio do ano que vem, no México, mas o presidente achou melhor não
esperar até lá.Seria um atraso desnecessário - resumiu.
Blatter, enquanto
isso, diz que respeitará os regimentos da entidade e que tentará criar
novos mecanismos internos no órgão, que vive a pior crise de sua
história.
- Isso terá que ser feito de acordo com o estatuto da
Fifa, e devemos dar tempo aos melhores candidatos para apresentar-se e
fazer sua campanha.O suíço antecipou que pretende reduzir o tempo de mandato da presidência. Curiosamente, ele próprio foi reeleito quatro vezes.
- Precisamos de limites para o mandato não apenas para o presidente, mas para todos os membros do Comitê Executivo.
Na
semana passada, sete dirigentes da entidade, entre eles o ex-presidente
da CBF José Maria Marin, foram presos em Zurique, suspeitos de
participar de um esquema de corrupção. O Departamento de Justiça dos
Estados Unidos afirmou que Blatter é um dos investigados, mas que não
houve indícios contra ele. Michel Platini, presidente da Uefa, vinha
pedindo a renúncia de Blatter.
Logo depois do anúncio do
presidente, o Comitê de Ética da entidade divulgou um comunicado
afirmando que seguirá nas suas funções e que tratará a lisura do órgão,
seja quem for o próximo presidente, como prioridade máxima.
Quem é Joseph Blatter
Joseph
Blatter, 79 anos, nasceu em 10 de março de 1936 na pequena cidade de
Visp, na Suíça. Seu contato com o futebol começou cedo. Durante 23 anos,
desde os 12, ele foi atacante de um time amador local.
- Fiz muitos gols. Não é falsa modéstia, é realmente verdade, especialmente em nível juvenil – disse ele à CNN em 2006.
Depois
de abandonar o futebol, já como dirigente, Blatter se aventurou em
outro esporte: o hockey sobre gelo. Foi diretor da federação nacional.
Dali, rumou para a organização dos Jogos Olímpicos de 1972 e 1976. Foi
seu trampolim para a Fifa.
A entrada no órgão que comanda o
futebol mundial aconteceu em 1975. Foi primeiro diretor técnico e depois
secretário-geral da entidade. Em 1998, assumiu como presidente. Foi
reeleito em 2002, 2007, 2011 e 2015.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
A Casa Vazia
Como
é bom chegar em casa e encontrá-la limpa e arrumada. Dá uma ótima
sensação de bem-estar, não é mesmo? Afinal, não há lugar na terra como o
nosso lar.
Imagina uma casa assim, limpa, arrumada, com mobília e objetos de
decoração e eletrodomésticos em ordem. Como dizem por aí, pronta para
morar. Esta casa está pronta para ser transformada em um lar.
Agora imagina esta mesma casa só está neste ótimo estado porque ela
foi restaurada. O último morador foi expulso da casa porque ele a estava
destruindo, quebrando móveis, deixando um rastro de sujeira, na
cozinha, na sala, no banheiro, no quarto…
“- Mas que morador descuidado e desrespeitoso!”, poderíamos pensar.
“- Que bom que ele foi expulso e a casa pode ser restaurada, limpa e arrumada!”, exclamaríamos.
Jesus conta uma parábola a respeito disto.
Mateus 12.43-45
43 Quando o espírito imundo sai do homem, anda por lugares áridos procurando repouso, porém não encontra.
44 Por isso, diz: Voltarei para minha casa donde saí. E, tendo voltado, a encontra vazia, varrida e ornamentada.
45 Então, vai e leva consigo outros
sete espíritos, piores do que ele, e, entrando, habitam ali; e o último
estado daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim também
acontecerá a esta geração perversa.
O Perigo da Casa Vazia
Continue imaginando… Esta casa foi restaurada, após a expulsão do
péssimo morador, mas o proprietário não a pôs à disposição para um novo
morador.
“- Mas que desperdício com tanta gente precisando de uma habitação!”, diríamos nós.
Ainda usando de imaginação, pense que o antigo morador, aquele que
transformou a casa em um local sujo, bagunçado e destruído, andou por
diversos lugares, mas não conseguiu moradia.
Neste tempo de busca por uma nova moradia, o antigo morador
reencontra sete familiares ou amigos, muito mais bagunceiros e
destruidores do que ele mesmo.
E, então, ele tem a brilhante ideia de retornar à antiga casa e ver
se ela ainda está vazia para tentar fazê-la novamente de moradia.
Moradia não apenas dele, mas agora com os outros sete que ele
reencontrou pelo caminho.
Para alegria do antigo morador, a casa está vazia e então ele pôde
retornar a ela, fazê-la de moradia, junto aos outros sete, muito piores
do que ele.
Seria o caos para aquela casa, não é mesmo? Foi isto que Jesus estava mostrando, através desta parábola.
Quando um espírito imundo sai da vida de uma pessoa e esta vida é
limpa, arrumada e restaurada, ela precisa ser prontamente habitada. Esta
vida precisa ser habitada pelo Espírito Santo, o melhor dos moradores.
Do contrário, esta pessoa fica sujeita a uma destruição sem precedentes em sua vida.
A Palavra de Deus nos ressalta algo interessante em Salmos 42:7 quando afirma que “um abismo chama outro abismo”.
Sem o Espírito de Deus para governar a vida, a vida pecaminosa
recomeça e a pessoa entra em um abismo. Este pecado acaba por conduzir a
outro pecado, que conduz a outro pecado e, então, um abismo chama outro
abismo.
Mas tem como isto tudo ser diferente. A casa que fora limpa, arrumada e restaurada pode ter o melhor dos habitantes.
A Importância da Casa Preenchida
É importante entregarmos o controle das nossas vidas inteiramente ao Senhor.
E um estilo de vida de quem se relaciona com Deus é fundamental neste processo.
Em meio a esta correria a que somos expostos ou a que nós mesmos nos
expomos, precisamos priorizar o relacionamento com nosso Pai.
Para isso, um tempo a sós com Deus é fundamental. Priorizar este momento é o grande diferencial.
Andar na presença de Deus, sermos habitação do Espírito Santo é o que
garantirá que o antigo morador não encontre oportunidade de novamente
habitar e muito menos com mais sete espíritos.
E o melhor de tudo é que o Senhor nos escolheu para habitação.
1 Coríntios 3:16
Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?
1 Coríntios 6:19
Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito
Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois
de vós mesmos?
E aí, vai deixar a casa suja, bagunçada e destruída? Vai deixar a casa limpa, arrumada e restaurada, mas vazia?
Ou você será morada de Deus?
Que o Senhor te abençoe e te guarde. Que o Senhor te conduza e governe sua vida!
Por:Damiana Sheyla
Os servidores do Instituto Técnico-Científico de Polícia do Rio Grande
do Norte (Itep/RN) realizam, terça-feira (2) e quarta-feira (3), uma
paralisação de advertência de 48 horas, conforme deliberado em
assembleia. A intenção fazer com que o Governo do Estado apresente um
posicionamento final sobre o Estatuto do ITEP.
“Houve uma adesão
em massa dos servidores, nas últimas assembleias e mobilizações, e a
categoria está unida também nesse momento de paralisação de
advertência”, comenta Paulo César de Macedo, presidente do Sindicato dos
Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (Sinpol/RN).
A
paralisação, de acordo com os servidores, será geral, nas três unidades
do Itep/RN (Natal, Mossoró e Caicó). Uma reunião entre os servidores
está marcada para amanhã (2), às 8h, na sede do Sinpol/RN, para traçar
as estratégias de mobilizações para os dois dias de paralisação.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Na última quarta-feira, depois de uma determinação judicial,
Aguinaldo Silva recebeu R$ 165 mil do maior portal de buscas da internet
mundial, o Google. Em agosto de 2012, o juiz Laurício Miranda, da 38ª
Vara Cível do Rio, determinou que o portal deveria remover da internet
os links de acesso aos vídeos do YouTube nos quais Aguinaldo tem sua
imagem denegrida pelo programa ‘Pânico na Band’, sob pena de multa de R$
1 mil ao dia.
Na atração, o nome do autor Aguinaldo Silva virou ‘Aguinaldo Senta’. O
Google não cumpriu a ordem e, 329 dias depois da sentença dada pelo
então juiz Laurício, a juíza Fernanda Rosado de Souza, que assumiu a 38ª
Vara, reduziu o valor da multa pela metade. Por isso, a quantia total
recebida pelo autor foi de R$ 165 mil. Aguinaldo foi representado na
Justiça pelo advogado Sylvio Guerra. Além da multa, o ‘Pânico’ e a Band
estão proibidos pela Justiça de usarem a imagem e o nome do novelista da
Globo.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Num Rio de disparidades superlativas, cabe um Brasil inteiro. Se o
Norte e Noroeste fluminense têm municípios com indicadores sociais que
se aproximam do Norte e Nordeste do país, o estado também tem seu Sul
maravilha, na região do Médio Paraíba, além de uma área metropolitana
adensada e cheia de desafios, que se assemelha ao Sudeste brasileiro.
-
Entre
São Francisco de Itabapoana, num dos extremos do estado, e Resende, na
outra ponta do território fluminense, a distância é muito maior do que
sugerem os 480 quilômetros que separam os dois municípios. Enquanto a
cidade do Norte Fluminense tem, segundo o Ministério do Desenvolvimento
Social, 15,6% de seus moradores na extrema pobreza — o pior índice do
estado, comparável aos do Nordeste —, a do Médio Paraíba registra 1,6%
de miseráveis — percentual igual ao de Santa Catarina, que tem a menor
taxa entre as 27 unidades da federação. A segunda reportagem da série
“Os miseráveis” revela os contrastes de um Rio desigual.
- Como
O GLOBO na reportagem deste domingo, o estado tem 3,77% de sua
população (565.135 pessoas) vivendo na pobreza extrema, de acordo com o
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Já o Ministério do
Desenvolvimento Social, que dispõe de dados sobre os 92 municípios
fluminenses, utiliza critérios diferentes dos do Ipea e contabiliza
1,74% de miseráveis, ou 283 mil pessoas.
Perto do petróleo, que na última década alavancou a economia do
estado, mas longe da prosperidade vivida por cidades como Macaé e Campos
— hoje afetadas pela crise no setor —, São Francisco de Itabapoana tem
41.354 habitantes (Censo 2010), sendo 6.452 extremamente pobres, segundo
o Ministério do Desenvolvimento Social. E não é difícil entender por
que tantos vivem na penúria. De acordo com números do Ministério do
Trabalho, no início deste ano, havia apenas 1.878 empregos formais na
cidade. O que resta é a informalidade, na qual imperam salários de, no
máximo, R$ 200, como o da empregada Jocilene Melo, que não tem carteira
assinada nem sonha com os direitos assegurados pela PEC das Domésticas.
Na localidade do Valão Seco, o machadeiro Almir Alves Pereira segue a
mesma profissão que garantia o sustento do avô, no século passado. Cata
madeira seca no mato e a entrega na casa de quem usa fogão a lenha para
economizar gás. O trabalho rende R$ 50 por mês:
— Pego água para beber na torneira do banheiro de uma venda. Não
tenho energia elétrica, nem vela em casa. Acordo com o sol e durmo
quando anoitece.
A GEOGRAFIA DA POBREZA NO ESTADO DO RIO
Descalço
ou com o único par de chinelos surrados, ele segue para o trabalho
diário numa bicicleta montada com o que achou na rua, puxando uma
carrocinha também feita do que encontrou no lixo. A estrada corta a
região mais pobre de São Francisco, que pode até enganar com terras
cultivadas de abacaxi, cana e aipim. Mas, com muitas propriedades
arrendadas por produtores capixabas, que trazem trabalhadores do
Espírito Santo, a roça ali costuma produzir muito suor, mas pouca
esperança.
A história de Valdir Barreto de Lima, de 45 anos, é um retrato do que
ocorre no município, onde mais de 40% dos moradores recebem Bolsa
Família. Para ele, não há emprego formal. Uma rotina tão pesada que, não
à toa, usa a expressão “bater-se” como sinônimo de trabalho.
— É trabalho duro, que nem burro aguenta. Até febre dá. O dedo fica
duro de tanto bater facão. Mas temos que suportar. Aqui não existe
serviço. Quando aparece, é empreitada de cana. Tenho que me “bater” o
dia inteiro para conseguir R$ 150 a R$ 200 por mês. O jeito é comprar
fiado. Devo R$ 800 no sacolão, R$ 600 numa venda, R$ 500 em outra... E é
só de comida — diz Valdir.
Numa tentativa de ascensão social, ele chegou a deixar a roça para
trabalhar como gari em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Mas foi parar no
hospital, com dores no coração. Recebeu a recomendação de repouso, que
não cumpriu:
— Sabe quantos filhos eu tenho? Sete, eu disse ao doutor. Vão sobreviver de quê?
Já no Noroeste Fluminense, região com menor PIB do estado, a
estrutura de trabalho ainda lembra a do século XIX, quando imigrantes ou
ex-escravos ficavam presos a propriedades rurais devido às dívidas
contraídas com os donos das terras. Hoje, em São José do Ubá, alguns
trabalhadores das lavouras de tomate nem veem a cor do dinheiro, porque
são os patrões que pagam as dívidas que eles acumulam em mercados e
vendas.
Mais grave ainda é quando há miséria de um lado e corrupção do outro.
Em São Sebastião do Alto, na Região Serrana, que aparece na lista dos
piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado, em março o
então prefeito Mauro Henrique Chagas (PT) foi preso em flagrante pela
Polícia Federal, sob acusação de receber propina de empresa que faria
obras nas áreas de saúde e saneamento. Enquanto isso, na zona rural do
município, um dos mestres da folia de reis da região, Matozinho José da
Silva, de 59 anos, sobrevive com R$ 79 do Bolsa Família, numa casa de
estuque que, para pagá-la, deu em troca a sanfona, o pandeiro e o
violão:
— A vida aqui não vai para frente nem para trás. E tem hora que descontrola tudo.
De descontrole, o casal Josimar Resende e Nazarini Moura, de
Sumidouro, entende. Empregado até seis meses atrás, ele conseguiu
construir uma casa com quarto, banheiro e cozinha. Mas, desde que perdeu
o emprego, vive com os R$ 128 que a mulher ganha revendendo biscoitos.
Semana passada, o almoço do casal era arroz. E uma salsicha.
— Só tem essa, vamos ter que dividir — resignou-se Nazarini.
Privações como as vividas em cidades como São Francisco de Itabapoana
são raridade em Resende, no Médio Paraíba. Estrategicamente localizada
entre Rio e São Paulo, a cidade viu sua economia deslanchar depois de
receber montadoras de automóveis na década de 1990. Foram oferecidos
cursos profissionalizantes para qualificar a mão de obra da região. O
resultado é uma cidade com pouca miséria à vista, e tranquilidade para
os moradores de renda mais alta.
— Aqui, as pessoas mais pobres, que iriam para a construção civil,
vão para as montadoras, se qualificaram. A cidade mudou muito de perfil,
mas ainda tem clima de interior. De vez em quando, alguém fala que teve
um assalto, mas eu durmo com a porta destrancada — diz Kátia Periquito,
que mora num dos condomínios mais luxuosos da região.
Claro, no município também há pobreza. Assim como a miséria pode ser
encontrada em menor grau, mas também existe em Nova Friburgo, na Região
Serrana, e Comendador Levy Gasparian, no Centro-Sul Fluminense, cidades
donas dos menores percentuais de pobreza extrema no estado, segundo os
dados do Ministério do Desenvolvimento Social, com base no Censo de 2010
do IBGE. Nos dois municípios, eram apenas de 1,3% de miseráveis. Já em
Porto Real, vizinha de Resende, no Médio Paraíba, esse percentual era de
1,4%. E, em Quatis, na mesma região, de 1,5%.
Onde o Bolsa Família pesa mais
Aos
50 anos, Zilma de Souza trabalha a semana inteira. Não folga nem em dia
santo e feriado. Ela é cozinheira num restaurante em São José de Ubá,
no Noroeste Fluminense. Mas, sem carteira assinada, o que ganha por mês
não passa dos R$200, muito distante do salário mínimo de R$788. Ela
complementa a renda com R$ 70 do Bolsa Família. E só, na cidade com
maior percentual da população recebendo o programa do governo federal.
Segundo dados de janeiro de 2015, são 42,51% dos moradores beneficiadas,
num município que tem o terceiro menor Produto Interno Bruto (PIB) do
Rio.
- O que dificulta mais é que meu marido, que trabalhava na roça,
sofreu um acidente de moto. Ele está em casa. E a família depende do meu
dinheiro. É pouquinho, mas agradeço a Deus - diz Zilma, que mora no
Morro do Pinhão, perto do Centro de São José de Ubá.
Um alto percentual de moradores recebendo o Bolsa Família, no
entanto, não é exclusividade do município. Outros três tem mais de 40%
da população beneficiada: Varre-Sai (41,64%), no Noroeste Fluminense;
Silva Jardim (40,67%), nas Baixadas Litorâneas; e São Francisco de
Itabapoana (40,24%), no Norte Fluminense. Todos têm índices próximos de
estados como Pernambuco e Sergipe, no Nordeste, e do Pará, no Norte.
São pessoas como Cenilda Guilherme dos Santos, que recebe R$ 170 do
programa, fundamental para as despesas da casa, em Barra de Itabapoana,
no extremo norte de São Francisco de Itabapoana.
- O problema é que a inflação tem nos prejudicado muito na hora de ir
ao mercado. Está tudo caro, e o que recebo dá para cada vez menos - diz
Cenilda.
Em contraposição, os municípios com menos moradores cadastrados no
Bolsa Família, proporcionalmente, são Resende (7,7% dos habitantes),
Nova Friburgo (8,71%) e Niterói (9,82%).
Histórias da miséria
"Sofro
desde o berço". A afirmação não é um exagero de Carla Nascimento. Com
dias de vida, sua mãe a abandonou num curral de boi, na zona rural de
São Sebastião do Alto, na Região Serrana. O primeiro bebê ela teve aos
17 anos e, hoje, aos 29, está grávida do sexto filho. Com problemas de
alcoolismo, contudo, teve quatro deles retirados de seus cuidados pelo
conselho tutelar. Agora, Carla vive com um único filho, o pequeno Luiz
Otávio, de 3 anos, num recanto isolado de Itaocara, no Noroeste
Fluminense, conhecido como Ponte da Jararaca. E não segura as lágrimas
toda vez que lembra de seu passado.
Sem renda alguma, nem Bolsa Família, Carla só não passa fome porque
tem a ajuda do pai, com quem vive, e da tia que a criou depois de ter
sido abandonada no curral. O que não significa que ela encontre
facilidades na vida. Roupa para o bebê que está prestes a nascer, ela
não tem uma única peça. Dorme num sofá, enquanto seu pai descansa do
trabalho na roça no chão. E, sim, embora viva numa região de
propriedades rurais, com plantações ou criações de gado, às vezes a
comida é escassa.
- Só às vezes dá para comer carne. A comida tem que ser angu e feijão - relata ela.
O último trabalho de Carla foi alguns meses atrás, como caseira num
sítio em Teresópolis, na Serra. Mas de três meses trabalhados, ela só
recebeu o salário do primeiro. E quando só tinha canjiquinha e taioba
para comer, resolveu abandonar o serviço.
- Eu trabalhava e passava fome. Meu filho chorava o tempo inteiro, e
acordava de noite com fome. Não resisti àquilo. Vim embora - diz ela. -
Quando minha filha Dáfini nascer, vou ver o que Deus vai agir na nossa
vida. Meu desejo é ter uma casa para mim e meus filhos, todos juntos.
Palavra de especialista
Chefe
de Economia Empresarial do Sistema Firjan, Tatiana Sanchez apontou as
característas dos municípios que apresentaram os piores resultado no
último Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), divulgado em
2014, referente a indicadores sociais de 2011. Segundo ela, os
municípios com menor desenvolvimento têm seus principais problemas no
mercado de trabalho e na saúde.
- No mercado de trabalho, não só é baixa a geração de vagas formais
de emprego, bem como é baixo o nível salarial. Na saúde, os principais
problemas estão na cobertura de consultas pré-natal e no número de
internações que poderiam ter sido evitadas caso a atenção básica de
saúde tivesse sido efetiva - diz ela.
Em Japeri, na Região Metropolitana, com o pior resultado no
levantamento, a condição de desenvolvimento, aponta ela, é similar à de
municípios do interior do Norte e do Nordeste.
- Além dos problemas comuns aos municípios de pior classificação no
Rio, Japeri divide ainda com os municípios de menor classificação no
Brasil questões como a baixa inserção da população em idade ativa no
mercado formal de trabalho.
Já Santa Maria Madalena, na Serra, com a penúltima posição, tem baixa
capacidade de criação de vagas formais. O que afeta também São
Sebastião do Alto, na 90ª posição, e Varre-Sai, na 89ª.
Em outro índice que analisa os indicadores socieconômicos dos
municípios, o de Desenvolvimento Humano, do Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento, Sumidouro, na Região Serrana, aparece no último
lugar.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
Um novo código está causando dor de cabeça nos usuários de iPhone. Um texto escrito em caracteres especiais trava o WhatsApp, o Facebook Messenger e outros aplicativos no iOS. A falha acontece poucos dias depois de outro erro afetar o app oficial de mensagens do iPhone e se torna brincadeira nos grupos dos mensageiros.Como da outra vez, o erro não é “fatal”. Mas serve para dar um susto nos
amigos. Ao receber a mensagem via WhatsApp, o iPhone é reiniciado. Há
algumas condições para que isso aconteça: o problema só aparece em
aparelhos que tenham a versão mais recente do sistema operacional, o iOS 8, e que estejam configurados para receber notificações em estilo banner e a pré-visualização da mensagem ativada. Em nossos testes, quando o usamos outros formatos de notificação, o
iPhone não apresentou travamentos. Caso o usuário que recebeu a mensagem
esteja com o aplicativo do WhatsApp aberto, nada acontece também. Além
disso, a mensagem tem que ser enviada de outro iPhone. No Facebook
Messenger, alguns usuários disseram ter sofrido com o bug. Quando
testamos, porém, o app não permitiu o envio do texto com caracteres
especiais.
O bug acontece por causa da maneira com que o iOS
processa textos em Unicode. Trata-se de um conjunto de caracteres
específico que o sistema de notificações do iOS 8, incluindo suas
variações, é incapaz de processar. Ao receber essa mensagem de outro
iPhone e tentar mostrar um alerta, o smartphone da Apple não consegue ler o formato Unicode, entra em pane e reinicia.
Caso
o texto "bizarro" chegue ao iPhone via SMS, ele pode travar de vez o
aplicativo de mensagens do aparelho, além de reiniciar o sistema. Para
destravar, é preciso receber outra mensagem, sem caracteres especiais do
mesmo usuário, ou enviar uma foto da galeria também via SMS para
qualquer pessoa. Na última sexta-feira, a Apple divulgou uma “solução” oficial em sua página de suporte e explicou que está trabalhando para corrigir o problema.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus
SE VOCÊ NÃO SABIA FIQUE SABENDO...O NOME COMPLETO DE D.PEDRO 1
Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon
Ordem: 1.º Imperador do Brasil
Início do Império: 7 de Setembro de 1822
Término do Império: 1831
Aclamação: 12 de outubro de 1822, Capela Imperial, Rio de
Janeiro, Brasil
Predecessor: nenhum
Sucessor: D. Pedro II
Ordem: 28.º Rei de Portugal
Início do Reinado: 10 de Março de 1826
Término do Reinado: 2 de Maio de 1826
Predecessor: D. João VI
Sucessor: D. Miguel I
Pai: D. João VI
Mãe: D. Carlota Joaquina
Data de Nascimento: 12 de Outubro de 1798
Local de Nascimento: Palácio de Queluz, Portugal
Data de Falecimento: 24 de Setembro de 1834
Local de Falecimento: Palácio de Queluz, Portugal
Consorte(s): D. Leopoldina de Áustria,
D. Amélia de Leutchenberg
Príncipe Herdeiro: Princesa D. Maria da Glória (filha),
Príncipe D. Pedro de Alcântara (filho)
Dinastia: Bragança