Todo ano o comércio potiguar é marcado por liquidações e queimas de estoques remanescentes do fim de ano. Em 2012 não está sendo diferente, com importantes lojas realizando promoções para atrair os consumidores e esvaziar as prateleiras. No entanto, os consumidores que "retardaram" as compras e deixaram para gastar o 13º nas liquidações devem estar atentos aos seus direitos e possíveis propagandas que não condizem com a realidade.De acordo com o coordenador-geral do Procon Estadual, Arakén Farias, as promoções de início de ano muitas vezes não condizem com o que é divulgado pelas lojas. Apesar de não haver restrições quanto ao percentual de desconto que cada comerciante pode dar aos produtos que comercializa, é importante que os consumidores fiquem atentos para saber se os "super-descontos", como definiu Arakén Farias, realmente estão sendo aplicados nos produtos dentro do estabelecimento.
Para isso, é obrigatório que todas as lojas que divulgam liquidação geral exponham em todos os produtos os preços e os descontos que serão praticados em cada um dos itens comercializados. Não havendo a indicação do preço, o consumidor pode exigir que o desconto seja o maior divulgado pela loja. "É considerada propaganda enganosa quando induz o consumidor ao erro. É importante que os consumidores acionem o Procon sempre que se sentirem lesados", disse Arakén Farias.
Um dos consumidores que fez valer seu direito foi o autônomo Andretti Leno Tavares de Oliveira, de 33 anos. Quando trafegava pela avenida Engenheiro Roberto Freire, em Ponta Negra, um anúncio sonoro de um magazine estava com ofertas de 80% de desconto chamou a atenção. Contudo, ao entrar na loja, na mesma avenida, Andretti não identificou o desconto em nenhum dos produtos e questionou um dos vendedores. "Perguntei quais produtos estavam com 80% de desconto e ele (funcionário da loja) disse que não tinha mais. Perguntei sobre algum desconto de 70%, 60% e também não tinha. Só tinha uma de 50%", relatou.
Postado Por:Daniel Filho de Jesus